"Com o cancelamento ou adiamento dos novos investimentos planeados para este ano, o BFA espera que a produção média anual seja de 1,3 milhões de barris por dia, uma queda de mais de 5 por cento, e que compara com a expectativa inicial de cerca de 1,39 milhões de barris", lê-se num relatório sobre os mercados angolanos.
No documento, enviado aos clientes e a que a Lusa teve acesso, os analistas do BFA escrevem que "de Janeiro a Abril deste ano as exportações de crude estabilizaram nos -0,2 por cento quando comparadas com o mesmo período do ano passado, para uma média de 1,39 milhões de barris por dia".
A grande diferença, sublinham, está no valor das exportações, que caiu para metade nos primeiros meses do ano, com Angola a exportar cerca de 1,44 milhões de barris em Abril, uma subida de 3,5 por cento face a Abril de 2019.
"O preço médio de exportação, no entanto, caiu para 29,6 dólares por barril, ou seja, menos 55 por cento do que em Abril de 2019, uma queda em linha com o efeito da covid-19 nesta matéria-prima", lê-se no relatório.
"Com o declínio do preço, as receitas caíram 53,5 por cento face ao período homólogo, para 1,32 mil milhões de dólares", aponta-se no documento.
A produção de petróleo nacional mantém-se num ritmo mais lento, com as actividades de prospecção praticamente paradas devido aos receios de propagação da covid-19 por parte dos operadores no país.