Ver Angola

Economia

Reservas internacionais do BNA aumentam pela primeira vez desde 2013

As reservas internacionais brutas do Banco Nacional de Angola (BNA) aumentaram pela primeira vez desde 2013, atingindo 17,21 mil milhões de dólares a 31 de Dezembro de 2019.

:

A informação consta no relatório e contas relativo ao exercício do banco central divulgado esta Quinta-feira no seu site.

O valor representa um crescimento de 6,44 por cento (1,04 mil milhões de dólares) quando comparado com o período homólogo (16,17 mil milhões de dólares).

"O referido aumento derivou dos ajustamentos efectuados ao regime cambial, desembolsos do Fundo Monetário Internacional, na ordem dos 1,50 mil milhões de dólares, emissão de Eurobonds no valor de 3 mil milhões de dólares em Novembro de 2019, bem como da transferência de mil milhões de dólares provenientes do Fundo Soberano de Angola em Agosto de 2019, no âmbito do Plano Integrado de Intervenção dos Municípios", justifica o banco central.

No ano passado, o BNA prosseguiu com uma política monetária restritiva, tendo mantido a base monetária em moeda nacional dentro de limites pré-definidos.

De forma a apoiar as medidas no mercado cambial e controlar a inflação, ajustou de 17 por cento para 22 por cento o coeficiente de reservas obrigatórias em moeda nacional e estabeleceu a taxa de juro de 10 por cento para a facilidade permanente de absorção de liquidez, com maturidade de sete dias.

A taxa de inflação nacional no fecho do ano foi de 16,90 por cento, inferior à verificada em 2018, e ficou abaixo do objectivo definido (17,73 por cento).

O BNA prosseguiu também as reformas do mercado cambial, iniciadas em Janeiro de 2018, para implementar um regime cambial de taxa flutuante, passando a taxa de câmbio a ser definida pelo mercado com base na procura e oferta de moeda estrangeira, e eliminando as restrições administrativas.

No último trimestre de 2019, implementou a taxa de câmbio flutuante, com várias medidas, das quais se destacam a remoção da margem de 2,00 por cento sobre a taxa de câmbio de referência, praticada pelos bancos comerciais na comercialização de moeda estrangeira; valor máximo de 120 mil dólares para as operações cambiais privadas.

Entre as medidas, está ainda a flexibilização dos limites aplicáveis aos diversos instrumentos de pagamento para importação de mercadorias; redução do limite da posição cambial dos bancos comerciais de 5,00 por cento para 2,50 por cento; e cessação da aquisição, pelo BNA, de moeda estrangeira às companhias petrolíferas que passaram a poder vender directamente aos bancos comerciais desde o dia 2 de Janeiro de 2020.

"Face a estas alterações, a moeda nacional depreciou-se consideravelmente no último trimestre de 2019, levando a depreciação acumulada para 36,00 por cento no mercado formal", indica-se no relatório.

A taxa de câmbio fixou-se em 482,23 kwanzas face ao dólar no final do período e 374,84 kwanzas face ao dólar em termos médios.

O diferencial cambial, entre o mercado formal e informal, reduziu-se, tendo passado de 28,26 por cento em 2018 para 22,97 por cento em 2019.

Permita anúncios no nosso site

×

Parece que está a utilizar um bloqueador de anúncios
Utilizamos a publicidade para podermos oferecer-lhe notícias diariamente.