O documentário, filmado em Angola e que foi lançado no circuito comercial de cinema no Brasil em Março de 2019, é um dos candidatos ao Grande Prémio do Cinema Brasileiro 2020 – que decorre este ano em São Paulo.
Além de estar nomeado para um prémio, este filme é o primeiro documentário feito em África a entrar no circuito de cinema do Brasil.
O documentário, chamado "As Cores da Serpente", conta a história e percurso do grupo de artistas angolanos que decidiu pintar as paredes da Serra da Leba.
O projecto artístico que deu cor e vida aos cerca de 6000 metros quadrado de parede que constituem a serra foi captado pelo cineasta que considera que a iniciativa era muito mais do que uma pintura. "Trabalhei na área de comunicação em Angola e quando conheci o projecto resolvi registar, porque percebi o que movia estes jovens artistas angolanos e era algo muito maior do que simplesmente fazer um grafite, havia ali uma busca da própria identidade e das tradições", disse, citado pelo Jornal de Angola.
"As Cores da Serpente" já passou pelos cinemas de São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Salvador e Bahia.
As 'serpentes' da Leba começaram a ser pintadas em Agosto de 2015. O projecto, que tinha como objectivo assinalar os 40 anos da Independência Nacional, tornou-se numa verdadeira obra de arte.
As paredes da serra, que tem cerca de dois mil metros de altitude e 18 quilómetros de distância, foram pintadas por 40 artistas plásticos de Angola, Portugal, Brasil, África do Sul, Cuba e Moçambique.