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Comerciantes em tempos de covid-19: “A minha realidade não me permite ficar em casa”

A pandemia da covid-19 tem causado impactos significativos na economia e desenvolvimento dos países. Enquanto para uns ficar em casa durante semanas seguidas não é um problema, para outros a urgência em encontrar emprego ou manter a estabilidade no emprego que já têm fala mais alto.

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É o caso de André Filovumo, gestor comercial, que não se pode dar ao "luxo" de ficar em casa por correr o risco de perder a sua única fonte de rendimento.

"A minha realidade não me permite ficar em casa", começa por contar o gestor comercial ao VerAngola, acrescentando que apesar do receio o perigo está, de certa forma, contido uma vez que é o único da família a sair de casa

Ciente das consequências do coronavírus, André revela que apenas sai de casa para trabalhar e fazer compras e que quando o faz toma todas as precauções necessárias. "Tenho uma viatura de apoio, evito andar em transportes públicos, uso máscara, faço pulverização e desinfecção na viatura e em casa", explica.

Mas o dia-a-dia dos comerciantes não tem sido fácil. André conta que as vendas têm descido substancialmente porque "a maior parte dos clientes são do interior do pais e com as fronteiras fechadas" torna-se mais complicado escoar os produtos.

Além disso, a procura de materiais agrícolas também diminuiu, sendo que a "a única coisa que ainda se vende são os pulverizadores dorsais porque ajudam no combate à covid-19".

Admitindo que as prioridades neste momento estão focadas na saúde, o gestor comercial mostrou-se algo optimista. Com esta nova realidade teve de adoptar novas estratégias que, aos seus olhos, são positivas. "Passámos a fazer vendas online e entregas ao domicílio e acredito que é um método que veio para facilitar e ficar", afirmou, frisando que tem feito as vendas através do site uiza - uma plataforma de anuncio de venda e compra de produtos agrícolas. 

Quantos às medidas adoptadas pelo executivo e ao estado de emergência, André disse concordar desde que estas salvaguardem "a vida da população".

"Estamos a lutar contra um inimigo invisível, por isso não tenho como criticar o governo, a cada dia são novas descobertas", finalizou.

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