Foi há sensivelmente uma década que o interesse pela produção de tomate começou: o jovem, que tem actualmente 25 anos, arrancou com a produção deste fruto quando tinha apenas 15 anos. No início, segundo contou à Angop, a produção deu-se numa área de três hectares e meio, tendo recorrido a sistema de rega na altura seca, visando 'alimentar' os principais mercados de Angola.
São três as variedades de tomate produzidas, adiantou, nomeadamente Chico, Menga e Rio Grande, num investimento de 20 milhões de kwanzas, que acaba por ser recompensado com os elevados graus de produção.
Segundo Mário Evaristo, o valor do preço varia de província para província, com o produto a ser vendido a 20 mil kwanzas e 25 mil kwanzas por cada caixa em Benguela e Luanda, respectivamente.
Citado pela Angop, o jovem disse que no centro das prioridades, independentemente das dificuldades, consta o estímulo da produção em virtude da procura deste fruto, sobretudo no mercado do 30, na capital.
Independentemente das dificuldades, deixou ainda a promessa de "não cruzar os braços" e dar continuidade ao trabalho, visto que mesmo com recursos escassos tem sido capaz de atingir elevados graus de produção.
Assim, aproveitou para pedir que o seu projecto seja inserido nas acções de crédito agrícola, de subsídio de fertilizantes, insecticidas e sementes, algo que considera necessário no sentido de incrementar a produção, dado que possui dificuldades em cuidar de alguns documentos como por exemplo o título de concessão de terra e estudo de viabilidade, escreve a Angop.
O projecto conta com 80 funcionários, cuja maior parte mulheres. É o caso de Maria Madalena, que diz ter encontrado aqui uma hipótese para sustentar a sua família: "Peço ao governo da província do Huambo e ao Ministério da Agricultura que olhem para o nosso irmão Mário Evaristo, pois se ele crescer, nós também iremos de crescer", referiu, citada pela Angop.