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Transportes

Mais de um mês depois, chega ao fim a greve dos trabalhadores do CFL

A greve dos trabalhadores do Caminho-de-Ferro de Luanda (CFL) foi esta Sexta-feira levantada, ao fim de 36 dias, decisão tomada em plenário de trabalhadores, disse hoje à agência Lusa fonte sindical.

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Segundo o secretário para os assuntos jurídicos da comissão sindical de trabalhadores, Dias Kinquela, os trabalhos vão ser retomados na Segunda-feira.

O sindicalista frisou que, relativamente ao principal ponto fraturante entre as partes, o pedido de aumento salarial em 80 por cento, um dos 19 pontos constantes do caderno reivindicativo, nada foi avançado.

Dias Kinquela referiu que estiveram presentes na assembleia de trabalhadores representantes da administração do CFL, entre os quais administrador não executivo, Diogo de Jesus, que não avançaram qualquer contra-proposta sobre a questão do aumento salarial. 

"Os trabalhadores não pretendiam levantar a greve, mas para a salvaguarda dos empregos, tivemos que ceder e os serviços arrancam na Segunda-feira", frisou.

Na Quarta-feira, o ministro dos Transportes, Ricardo de Abreu, instado a comentar o assunto disse que estava para breve a solução para a greve, iniciada a 18 de Abril.

Ricardo de Abreu disse que houve negociações sobre 18 dos 19 pontos do caderno reivindicativo, faltando discutir o tema do aumento salarial.

O ministro da tutela referiu que as partes chegaram a acordo sobre o aumento salarial, tendo negociado uma proposta de solução, que necessariamente passaria por se conseguir "ter o comboio a trabalhar".

"Portanto, o comboio se não trabalha não gera receitas, se não gera receita não se criam os benefícios para os colaboradores, a plataforma é essa. Agora não podemos é estar de acordo e alinhados com comportamentos que são profundamente condenáveis do ponto de vista de alguns destes colaboradores que reivindicam melhores condições salariais", frisou.

O governante chegou a admitir a possibilidade de despedimentos, para a qual a administração da empresa vinha alertando aos trabalhadores grevistas, afirmando que "se tiver que haver vai fazer-se".

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