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Ministro da Comunicação Social pede maior abertura à imprensa por parte dos gestores

O ministro da Comunicação Social de Angola, João Melo, exortou gestores públicos e privados a uma "maior abertura", quando solicitados pelos órgãos de comunicação, sob pena de os jornalistas apenas "reportarem factos negativos".

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"Muitas vezes, o erro primeiro das nossas instituições é esconderem as informações, fazemos coisas positivas, mas não as comunicamos, não transmitimos ao público e então permitimos que a imprensa fale apenas do que está mal", disse hoje em Luanda.

João Melo, que falava sobre o "Sector da Comunicação Social: Desafios do Século XXI", durante o Seminário Metodológico de Harmonização da Comunicação Institucional e do Marketing do Ministério dos Transportes, defendeu maior proximidade dos gestores junto da imprensa.

"Cabe às instituições persuadir a imprensa de que as suas realizações, os seus esforços para resolver os problemas e as decisões que tomam são notícias", adiantou o ministro, tendo recordado que o Governo angolano continua "comprometido na garantia da informação plural, independente, rigorosa, isenta e responsável".

"Compromissos que devem ser lidos conjugadamente, garantindo uma informação plural, independente, diversificada e isenta, mas igualmente responsável e respeitadora dos princípios da ética e da deontologia profissional, que devem ser lidos de maneira conjugada", referiu.

De acordo ainda com o ministro, a estratégia da comunicação social no país "deve estar assente nos princípios assumidos ao mais alto nível, pelo Presidente da República, João Lourenço, entre os quais sobre a necessidade de os gestores públicos saberem conviver com as críticas".

Para João Melo, as instituições públicas "devem potenciar os gabinetes de comunicação institucional e imprensa por serem órgãos fundamentais dentro do aparelho do Estado e planificar as acções de comunicação para potenciar acções programadas internamente".

"Devem ainda recorrer a agências e especialistas nacionais para realizarem campanhas publicitárias, prever uma verba para as despesas de comunicação no orçamento e criar um gabinete de crise de comunicação dentro das instituições, para reagirem atempadamente a qualquer eventualidade", adiantou.

Por sua vez, o ministro dos Transportes, Augusto Tomás, defendeu na sua intervenção um maior contributo das universidades no desenvolvimento do país.

"O ensino, o desenvolvimento científico e tecnológico e a capacidade de inovar e criar a competitividade é cada vez mais reconhecido como factor de excelência do desenvolvimento a longo prazo", realçou, acrescentando que essas instituições não devem continuar introvertidas.

No actual contexto socioeconómico mundial, observou, "as universidades, as instituições de investigação científica, não podem continuar a seguir um modelo introvertido, pois terão de se abrir para os problemas da sociedade, se quiserem desempenhar um papel crucial, como motor do desenvolvimento", adiantou.

Por seu lado, o Secretário de Estado da Comunicação Social, Celso Malavoloneke, propôs no encontro algumas ferramentas que promovem uma "melhor gestão da comunicação em tempo de crise".

"Não fugir da imprensa, não deixar que os média tomem conta das informações, em caso de erros dos média, no momento de crise, nem sempre a melhor opção é accionar a justiça, nunca é boa ideia, salvo as excepções devidamente ponderadas", rematou.

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