Numa informação a que a Lusa teve acesso, o banco central refere que a "disponibilidade limitada de recursos em moeda estrangeira nos últimos anos" levou à "acumulação de operações de importação de mercadoria e serviços a aguardar cobertura cambial e pagamento aos fornecedores estrangeiros".
"Com o objectivo de regularizar esta situação e com base em informação recebida dos bancos comerciais, o BNA procedeu à análise dos atrasados com data de licenciamento anterior a 2018 e estabeleceu um cronograma para a sua regularização, que será operacionalizado através de vendas directas de moeda estrangeira nos meses de Maio e Junho do ano em curso", lê-se na mesma informação.
O BNA acrescenta que "dado que as disponibilidades cambiais permanecem limitadas", é recomendado aos agentes económicos "que não assumam novas responsabilidades cambiais sem consulta e garantia prévia, por parte dos bancos comerciais, da capacidade de cobertura cambial".
O objectivo é "priorizar a aquisição de bens e serviços locais sempre que possível, concorrendo assim para a estabilidade da economia e para a preservação do valor da moeda nacional", aponta o banco central.
Segundo informação do banco central noticiada anteriormente pela Lusa, o BNA vendeu à banca comercial naquele mês 38,3 milhões de euros em divisas, exclusivamente "para a cobertura de salários de trabalhadores expatriados do sector não exportador".
Concluiu-se "o processo de regularização do pagamento de salários que aguardavam por cobertura cambial na banca comercial" e está em curso uma "estratégia de redução do número de operações cambiais pendentes de execução", acrescentou o banco central.