Numa ronda feita por alguns dos bairros da capital, as kinguilas transaccionam um dólar a 410 kwanzas, uma descida de quase 3 por cento face à semana anterior.
A cotação no mercado informal mantinha-se inalterada desde meados de Fevereiro e a variação que agora ocorre contrasta com os 475 kwanzas do final de Janeiro, o mesmo acontecendo com a moeda europeia.
No pico da crise cambial no país, desde finais de 2014, cada nota de dólar chegou a ser transaccionada na rua a mais de 600 kwanzas, quase quatro vezes acima da taxa de câmbio oficial.
Na mesma ronda realizada esta Quarta-feira, a Lusa encontrou o euro a ser transaccionado na rua, igualmente em bairros como Maculusso, Mutamba ou São Paulo, a cerca de 500 kwanzas. Também inalterado há mais de dois meses, sofre esta semana uma ligeira queda, contrastado ainda com os 580 kwanzas do final de Janeiro.
A falta de kwanzas no mercado é a explicação apontada por todas as kinguilas para a manutenção prolongada da cotação do dólar e do euro, resultando na prática, devido à retirada de moeda de circulação física, numa valorização da moeda angolana.
Na prática, e apesar de continuar escassa a quantidade de divisas nos bancos, o preço no mercado paralelo não dispara, como aconteceu em anos anteriores.