Em comunicado enviado à agência Lusa, o Ministério das Finanças refere que esta emissão de eurobonds, ou títulos de dívida soberana em moeda estrangeira (dólares), concretizada na Quarta-feira, contou com o interesse manifestado por investidores dos Estados Unidos da América, Europa e Ásia, tendo culminado com 500 propostas de compra de eurobonds angolanos, que totalizaram cerca de 9000 milhões de dólares.
Dando cumprimento ao decreto presidencial, de 27 de Abril, autorizando a emissão e o seu tecto máximo, que a Lusa noticiou, "Angola limitou-se a negociar um máximo de 3000 milhões de dólares", tendo dividido a transacção em duas partes.
Uma parcela, com maturidade de 10 anos e com um valor nominal de 1750 milhões de dólares, foi emitida com uma taxa de juro do cupão fixada em 8,25 por cento.
A segunda parcela, com maturidade de 30 anos e com um valor nominal de 1250 milhões de dólares, foi emitida com uma taxa de juro do cupão fixada em 9,375 por cento.
O Ministério das Finanças destaca que a "confiança manifestada pelos investidores internacionais levou a que Angola emitisse, pela primeira vez, um título no mercado internacional com maturidade de 30 anos".
"Angola junta-se assim à África do Sul e à Nigéria como os únicos países da África subsaariana a emitirem um título com maturidade de 30 anos e, representa assim uma nova era de relação com o mercado financeiro internacional", enfatiza ainda o comunicado do Ministério das Finanças.
Na primeira emissão do género, Angola colocou, em 2015, com uma maturidade de 10 anos, 1500 milhões de dólares em eurobonds.