No relatório detalhado que explica a decisão de descer o 'rating' de Angola, no final da semana passada, e a que a Lusa teve acesso, os analistas escrevem que "apesar de o Governo estar empenhado em avançar com reformas estruturais, os riscos de execução podem atrasar a implementação do programa do FMI e há desafios importantes que permanecem a médio prazo".
O relatório reconhece que "o Governo está empenhado em prosseguir as reformas estruturais" anunciadas pelo novo Presidente desde Agosto do ano passado e explica que "a abordagem de Angola ao FMI sustenta a implementação do plano económico do Governo, mas os riscos são significativos", a começar pela "limitada diversificação da economia", mas também a "falta de concorrência e a elevada burocracia", além da "relativamente incipiente infra-estrutura".
Todos estes aspectos, nota a Moody's, "limitam a classificação da Força Económica", um dos aspectos utilizados na metodologia de atribuição do perfil de crédito pela Moody's, juntamente com a Força Institucional, Força Orçamental e Exposição a um Evento de Risco.