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Defesa

Salviano Sequeira: relações com Portugal são “excelentes e com expectativas de aprofundamento”

O ministro da Defesa disse, em Luanda, que as relações de cooperação e de amizade entre Angola e Portugal, "não obstante, algumas incompreensões e dificuldades" são "excelentes e com expectativas de um maior aprofundamento".

Joost de Raeymarker:

Salviano Sequeira discursava na cerimónia de assinatura, esta Quinta-feira, em Luanda, do Programa-Quadro de Cooperação 2018-2021 no domínio da defesa.

Segundo o ministro, a cooperação técnica militar entre os dois países tem se desenvolvido por quase todas as áreas das Forças Armadas, com formação em Portugal de especialistas militares angolanos, assim como, no envio de pelas Forças Armada Portuguesa de oficiais militares, altamente qualificados, que têm demonstrado um grande empenho e saber na formação de oficiais nas academias militares dos ramos das Forças Armadas, nomeadamente no exército, marinha de guerra e força aérea, bem como na arte operacional e estratégia militar, na Escola Superior de Guerra.

O titular da pasta da Defesa do nosso país destacou ainda a cooperação técnica militar na formação das Unidades de Tropas Especiais angolanas, nomeadamente de fuzileiros navais e dos comandos.

"É uma realidade indesmentível, que no decorrer do tempo tem produzido, positivamente, excelentes soldados, sargentos e oficiais com capacidades para transmitirem os mesmos conhecimentos e habilidades combatíveis aos militares de alguns países irmãos de África", sublinhou.

O governante angolano enfatizou o facto de a unidade de operações de apoio à paz, cujos oficiais, sargentos e soldados, foram instruídos pelos especialistas militares portugueses, estarem "capacitados para executarem acções em conformidade com os princípios e normas administrativas, logísticas e humanitárias e outras estatuídas pelas Nações Unidas, em quaisquer condições de conflito político-militar".

O ministro disse ainda ao seu homólogo que as novas áreas de cooperação sugeridas por Portugal "são precisamente, áreas do saber e de realização de muito interesse para as Forças Armadas Angolanas".

De acordo com Salviano Sequeira, a participação das unidades angolanas em operações de manutenção de paz tem sido uma das suas prioridades, contudo, por motivos alheios à sua vontade, não tem sido possível até hoje actuar no âmbito de missões de paz das Nações Unidas.

Salviano Sequeira disse que Angola está em condição operacional de em conjunto com as tropas portuguesas ou outras, para participar em operações de apoios à paz, lembrando que uma das subunidades de operações de apoio à paz está no Lesoto, onde vai permanecer por mais seis meses a pedido do Governo daquele país africano.

Sobre a cooperação na protecção e defesa dos sistemas de informação e tecnológicos e das infra-estruturas sugerida pela parte portuguesa, Salviano Sequeira afirmou que se trata de uma área que Angola tem já dado alguns passos, mas ainda regista nos seus sistemas "determinadas debilidades que urgem a cooperação de elementos com capacidades" para transmitir o que ainda não se domina.

"Pois, nas Forças Armadas, mesmo em situação de paz, obriga-se a dispor de meios que as defendem de uma ciberguerra, que ponha em risco a soberania e a segurança nacional".

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