A informação consta de um comunicado enviado à Lusa pela associação de pais da EPL, quando está convocado para 8 a 10 de Maio o segundo período de paralisação dos professores daquela escola, reivindicando actualizações salariais, nomeadamente devido à desvalorização, superior a 30 por cento, do kwanza para o euro, desde Janeiro.
Refere que "estão a decorrer reuniões de negociação entre todos os órgãos envolvidos", nomeadamente a Cooperativa Portuguesa de Ensino em Angola (CPEA), que gere a EPL, comissão de professores, Ministério da Educação português e patronos da escola, além da própria associação de pais.
A associação de pais, que a 28 de Abril reuniu, em assembleia-geral, cerca de 200 encarregados de educação, aponta a necessidade de a actual situação ser "ultrapassada o mais rápido possível em prol do bem-estar dos alunos".
A 17 de Abril, no primeiro de três dias de greve já cumpridos pelos professores da EPL, a direcção da CPEA admitiu não ter meios para ultrapassar o impasse em torno das actualizações salariais exigidas pelos docentes, apelando à intervenção do Governo português.
A posição foi assumida à Lusa por Paulo Arroteia, administrador para área financeira da CPEA, que gere a EPL, recebendo para o efeito um subsídio anual do Estado português, que em 2017 ascendeu a 776.000 euros, num orçamento global, para o funcionamento da escola, incluindo pagamento dos professores, a rondar os 13 milhões de euros.