O anúncio foi transmitido pelo Secretário de Estado da Agricultura e Pecuária de Angola, Carlos Alberto Jaime, quando falava na cerimónia de abertura do seminário sobre a "Avaliação da Estratégia e do Programa do País Financiado pelo FIDA", que decorreu, em Luanda.
"O nosso sector está e continuará fortemente empenhado, juntamente com os técnicos do FIDA, na elaboração do próximo projecto para o desenvolvimento da agricultura familiar, que será executado em quatro províncias do norte do país, nomeadamente Uíge, Cuanza Norte, Bengo e Zaire e mais três províncias ao sul do país, Benguela, Namibe e Cunene", disse.
De acordo com o governante, o referido projecto deverá observar uma "melhor integração, atendendo a vulnerabilidade e o nível de insegurança alimentar e nutricional, que muitas das populações ainda enfrentam".
"Gostaríamos que, doravante, na estratégia dos futuros projectos do FIDA, se observasse o princípio dos projectos integrados, tendo em conta a necessidade de se promover e assegurar as facilidades de escoamento da produção agrícola, através das estradas terciárias, reabilitação de pontes, escolas rurais", referiu.
A ocasião foi aproveitada ainda para Carlos Alberto Jaime solicitar a abertura dos escritórios do Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola em Angola, "para facilitar e tornar mais céleres as ligações entre as instituições do Governo angolano e o FIDA".
Por sua vez, a ministra do Ambiente de Angola, Paula Coelho, assinalou os esforços do Governo angolano na protecção dos recursos florestais, em especial, as grandes formações vegetais, como a Floresta do Maiombe.
"A gestão florestal é cada vez mais notória em Angola, como sendo a base da conservação da biodiversidade, para a retenção do carbono, a mitigação dos factores de alterações climáticas, bem como a valorização económica das florestas e comunidades aí residentes", sustentou.
O seminário, que juntou em Luanda técnicos do FIDA, membros do Governo angolano, directores provinciais e nacionais das agricultura e ambiente, bem como actores da sociedade civil, discutiu ainda as lições aprendidas dos projectos, em matérias de igualdade de género e juventude, bem como gestão sustentável dos recursos naturais e adaptação às mudanças climáticas.