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Presidente da TAAG quer acabar com prejuízos na companhia aérea em três anos

O presidente do conselho de administração da TAAG, Peter Hill, admitiu que ainda não será em 2016 que a transportadora aérea inverterá os resultados negativos, algo que só "espera" que aconteça num horizonte de três anos.

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O administrador falava a bordo do novo Boeing 777-300 ER Iona, durante um voo demonstrativo da aeronave, que vai reforçar as ligações entre Luanda e Portugal (Lisboa e Porto). "A companhia já opera com resultados negativos há algum tempo, o nosso objectivo a três anos é, pelo menos, atingir o 'break-even' [gerar recursos para garantir a operação]. É um grande desafio", admitiu Peter Hill, questionado pela agência Lusa.

O Governo angolano e a Emirates Airlines assinaram em 2015 um contrato de gestão, prevendo a introdução de uma "gestão profissional de nível internacional" na TAAG, a melhoraria "substancial da qualidade do serviço prestado" e o saneamento financeiro da companhia angolana, que em 2014 registou prejuízos de 99 milhões de dólares.

Peter Hill foi indicado pela Emirates para administrar a companhia de bandeira angolana, tendo tomado posse no final do ano. O britânico garante que colocar a TAAG a dar lucro é um objectivo: "Se vai acontecer? Eu e a minha equipa vamos fazer de tudo para que assim aconteça", afirmou.

Reconheceu ainda que a reputação da companhia "sempre foi sólida", sendo agora necessário fazer o "clique", melhorando o serviço prestado ao cliente, rentabilizando a operação. "Queremos fazer da TAAG uma das melhores companhias aéreas em África, um dia", apontou.

Em Novembro passado, logo após tomar posse, o britânico Peter Hill reconheceu que a TAAG enfrenta "a maior crise financeira na sua longa e notável história", até mesmo com dificuldades em pagar salários, ao que se seguiu uma reestruturação interna.

No âmbito do Contrato de Gestão da transportadora pública angolana celebrado com a Emirates para o período entre 2015 e 2019, prevê-se dentro de cinco anos resultados operacionais positivos de 100 milhões de dólares.

Além de Peter Murray Hill, a Emirates indicou os administrados executivos Vipula Gunatilleca (área financeira e administrativa), Patrick Rotsaert (área comercial) e Donald Hunter (área das operações) da TAAG.

O ministro dos Transportes, Augusto Tomás, o objectivo de a TAAG ultrapassar os 3,3 milhões de passageiros transportados anualmente a partir de 2019, com o reforço das ligações internacionais, nomeadamente para a Europa, com a gestão da Emirates.

A formação de quadros angolanos no Dubai, na academia da Emirates, e a introdução de uma "gestão profissional de nível internacional" são objectivos deste contrato, que assenta na reestruturação financeira da TAAG, com a meta da facturação anual a passar de 700 milhões de dólares em 2014 para 2,3 mil milhões de dólares dentro de cinco anos. O novo conselho de administração é composto ainda por quatro elementos não-executivos, nomeados pelo Estado angolano.

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