Ver Angola

Matérias Primas e Transformação

Chineses investem 40 milhões em fábrica de alumínios e criam 350 empregos

O grupo CITIC, o maior conglomerado empresarial chinês, está a investir 40 milhões de dólares na instalação em Luanda de uma fábrica de alumínios, para responder às necessidades internas e garantir a exportação.

:

O contrato deste investimento, de 18 de Maio, entre a CITIC Construction e a Unidade Técnica para o Investimento Privado (UTIP), prevê a construção de uma fábrica para produzir perfis de alumínio e a criação de 300 postos de trabalho angolanos e 50 estrangeiros.

A fábrica envolverá o processamento de sucata e a exportação anual de 500 a 1000 toneladas de aço.

O grupo CITIC (China International Trust and Investment Corporation), detido pelo Estado chinês e que opera uma das maiores empresas de construção em Angola, com o mesmo nome, vai beneficiar de incentivos fiscais pela dimensão do investimento, que passam pela redução de 60 por cento no pagamento de impostos Industrial, sobre a Aplicação de Capitais e de aquisição de terrenos, durante oito anos.

O contrato, a que a Lusa teve acesso, define que o grupo chinês deverá incorporar matéria-prima local de 8 por cento no primeiro ano e entre 30 a 40 por cento no quarto ano de produção.

A Lusa noticiou a 5 de Maio que o Ministério da Indústria angolano decretou a proibição de exportação de sucata para garantir as necessidades das siderurgias que funcionam no país, superiores a 600.000 toneladas por ano.

Num despacho a que a Lusa teve acesso, o ministério liderado por Bernarda da Silva recorda o "crescimento da indústria siderúrgica angolana e o consequente aumento do consumo de sucata" para esta actividade, fixando por isso uma quota zero de exportação em 2016.

"Tendo em conta que a contínua exportação da sucata pelos agentes comerciais, à margem das normas estabelecidas, constitui uma ameaça séria ao desenvolvimento e funcionamento da indústria siderúrgica angolana, levando-as à necessidade de importar tais matérias-primas, implicando a disposição de recursos cambiais que o país muito necessita", justifica o despacho ministerial.

A Aceria de Angola (ADA), do empresário Georges Choucair, foi o último grande investimento na siderurgia nacional, concluído em Dezembro passado, nos arredores de Luanda, e avaliado em 300 milhões de dólares.

Levou três anos a construir na localidade da Barra do Dande (80 quilómetros a norte de Luanda), província do Bengo, para empregar 600 trabalhadores e produzir 300 mil toneladas anuais de varão de aço para construção, assegurando todas as necessidades nacionais. Esta unidade recorre sobretudo à reutilização de sucata, material de guerra, ferroviário, petrolífero ou viaturas, produzindo varão de aço certificado.

Permita anúncios no nosso site

×

Parece que está a utilizar um bloqueador de anúncios
Utilizamos a publicidade para podermos oferecer-lhe notícias diariamente.