De acordo com o ministro, que falava aos jornalistas durante uma visita a uma siderurgia nos arredores de Luanda, essa produção, no município da Jamba, província da Huíla, sul do país, deverá iniciar-se "dentro de um ano".
Francisco Queiroz sublinhou que este é um "projecto de grande dimensão e com um potencial muito grande", que permitirá abastecer a actividade de siderurgia que já opera em Angola.
Trata-se da reactivação daquela exploração mineira - processo iniciado pelo Governo em 2010 e que está a cargo da estatal Empresa Nacional de Ferro de Angola (Ferrangol) -, que no tempo colonial português fornecia anualmente à Siderurgia Nacional cerca de 985.000 toneladas de ferro concentrado.
Para a exploração da mina, a Ferrangol deverá constituir uma empresa específica, em parceria com investidores privados.
No ano de 1974, Angola atingiu o pico da extracção e produção de ferro, que se cifrou em 5,5 milhões de toneladas, de acordo com informação da Ferrangol, potencial que praticamente deixou de ter aproveitamento com a guerra civil que se seguiu à independência do país e que só terminou em Abril de 2002.