Ver Angola

Construção

Cimentos Nacionais de Angola vai explorar gesso em 600 hectares de Benguela

A empresa Cimentos Nacionais de Angola (CNA), ligada ao grupo português Galilei, obteve concessões do Governo para a exploração de gesso numa área total de quase 620 hectares, na província de Benguela.

:

As duas concessões sobre os direitos mineiros da exploração industrial de gesso atribuídas à CNA, de acordo com despachos governamentais consultados pela Lusa, dizem respeito a áreas na comuna de Dombe Grande, no município de Baía Farta. Acrescentam os despachos que estas duas explorações visam garantir o abastecimento de matéria-prima para a fábrica de produção de cimento que a CNA detém em Benguela.

O grupo português Galilei - ex-Sociedade Lusa de Negócios/detentora do BPN - anunciou em 2013 a entrada no sector dos cimentos em Angola, em parceria com o grupo alemão HeidelbergCement. Envolvia então um investimento anunciado de 370 milhões de dólares na Cimentos Nacionais Angola (CNA), para uma capacidade instalada inicial de dois milhões de toneladas de cimento.

A Lusa noticiou em Janeiro que o Governo decidiu manter a proibição de importação de cimento em 2016, alegando que a capacidade instalada no país ultrapassa largamente as necessidades internas. Apenas as províncias de Cabinda, Cunene e Cuando Cubango, a título excepcional e obrigando a pedidos devidamente fundamentados, mantém este ano uma quota de importação individual de 150 mil toneladas.

O decreto que institui a medida, assinado em conjunto pelos ministros da Economia, da Indústria, do Comércio e da Construção, justifica a decisão com o investimento feito pelo sector nos últimos anos.

Assim, segundo o decreto - que aperta as restrições às importações deste produto -, a capacidade instalada em Angola ronda os oito milhões de toneladas, para um consumo de 5.022.000 de toneladas em 2014, "acrescido do facto de, ao longo do ano de 2015, se terem constado indícios crescentes do nível de exportação do cimento, sem colocar em causa as necessidades internas".

Numa posição conjunta com a Comissão do Sector do Cimento e a Associação da Indústria Cimenteira de Angola (AICA), o Governo angolano justifica esta decisão com a necessidade de adoptar "medidas disciplinadoras que visem acautelar a importação desnecessária de cimento, na defesa da produção e da indústria nacional".

Permita anúncios no nosso site

×

Parece que está a utilizar um bloqueador de anúncios
Utilizamos a publicidade para podermos oferecer-lhe notícias diariamente.