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Ambiente

Angola quer garantir 21 por cento da electricidade produzida com gás natural até 2025

O ministro da Energia e Águas de Angola informou que até 2025 mais de 20 por cento da energia eléctrica produzida no país deverá resultar do aproveitamento do gás natural, através da instalação de centrais de ciclo combinado.

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João Baptista Borges falava hoje numa conferência de imprensa realizada em Luanda, no âmbito de encontros regulares de membros do Governo com os jornalistas, durante o qual divulgou, entre outros assuntos, o plano de desenvolvimento do sector eléctrico, que até 2025 prevê elevar a capacidade de produção instalada a cerca de 9000 MegaWatts (MW).

Explicou que ao abrigo desse plano, que incluindo obras e projectos no sector das águas, do mesmo mistério, prevê um investimento de 29 mil milhões de dólares, 62 por cento do volume de electricidade a produzir será proveniente dos recursos hídricos, com a construção de várias barragens.

A segunda parcela será garantida pelo aproveitamento do gás natural, de 21 por cento do total, o equivalente a uma capacidade instalada dentro de nove anos de quase 2000 MW. "O que se está a projectar é a construção de centrais de ciclo combinado ao longo do litoral do país, em Cabinda, Benguela e Namibe", explicou o governante.

Além destas, Angola já tem em construção, por empresas chinesas, a central de ciclo combinado do Soyo, na província do Zaire, com início da operação previsto para 2017 e uma produção inicial de 750 MW, para reforçar o abastecimento a Luanda e ao norte do país. Já este ano foi aprovado em conselho de ministros o projecto de reforço de potência desta central, elevando-a a 1200 MW.

O ministro João Baptista Borges lembrou que depois da água, o gás é o segundo maior recurso natural disponível em Angola para a produção de electricidade, sendo objectivo do Governo diversificar as fontes de energia, para que o país não fique "dependente de um único combustível primário".

Angola é o segundo maior produtor de petróleo da África subsaariana, com cerca de 1,7 milhões de barris de crude por dia, mas o gás natural resultante desta exploração continua a ser queimado ou injectado de novo nos poços.

A primeira fase destes investimentos no sector eléctrico, sobretudo na construção de barragens e na central de ciclo combinado do Soyo, deverá concluir-se em 2017, segundo a expectativa do Governo, elevando a capacidade instalada a 5000 MW.

Será cerca do dobro da produção actual, que representa um défice no fornecimento, tendo em conta as necessidades de consumo do país, obrigando ao recurso a milhares de geradores a gasóleo, com custos superiores.

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