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Restaurante Luanda: um pedaço de Angola nos EUA

Filha de emigrantes cabo-verdianos, Amélia de Melo tem uma história para contar. Nascida a bordo de um navio chegou a Angola com apenas três meses e por aqui ficou até o destino lhe trocar as voltas e a fazer atravessar o oceano Atlântico. Hoje, ela e o marido, Eduardo Gonçalves, são o rosto por detrás do Restaurante Luanda, o único espaço especializado em comida angolana nos Estados Unidos da América.

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Amélia admite que não estava nos planos do casal deixarem a terra onde se apaixonaram e casaram, mas a vida assim o quis. Em 1996, o casal fez as malas e emigrou para os EUA. Na terra do Tio Sam, Amélia começou por trabalhar num restaurante, como ajudante de cozinha, até ao dia em que apoiada pelo marido decidiu dar forma a uma paixão antiga.

Em 2002, o casal decidiu que era altura de rumar noutra direcção. Juntaram o gosto pela cozinha e a experiência de Amélia para levarem um pouco de Angola até ao país da fast-food. “Como vivíamos numa área, a cerca de 30 minutos de Boston, onde vivem muitos angolanos e cabo-verdianos surgiu a ideia de abrir um espaço especializado em comida lusófona”, conta Amélia ao VerAngola.

Em Março de 2003 nasce o Restaurante Luanda, numa homenagem à cidade de que tanto se orgulham, no n.º 453 da Centre Street, na cidade de Brockton, no estado de Massachusetts. A ideia, como explica Amélia, era criar um espaço dedicado à gastronomia lusófona e assim abranger toda a comunidade residente. Por isso, as especialidades da casa variam entre pratos típicos de Angola, Cabo-Verde, Portugal e Brasil.

Em pouco mais de 10 anos, o Restaurante Luanda fez o seu caminho apoiado essencialmente pela comunidade lusófona residente. Hoje, orgulha-se Amélia, “é um dos melhores” na área de Boston. Talvez por isso a angolana de coração pretenda, muito em breve, expandir o conceito. “Pensamos, ainda este ano, abrir um restaurante mais pequeno, no centro da cidade de Brockton, de take-away”.

Aos fins-de-semana a comida é servida ao som de ritmos quentes que fazem lembrar África. “Queremos cultivar a cultura angolana”, sublinha Amélia, adiantando que o restaurante também serve os grandes eventos do Consulado Geral da República de Angola em Nova Iorque.

Apaixonada por Angola, Amélia admite que regressar às raízes não é um projecto para ser levado a cabo nos próximos tempos. Os filhos que frequentam a universidade e o trabalho no restaurante predem-na aos EUA. Ainda assim, sente-se hoje e sempre “definitivamente angolana”.

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