“Tinha um emprego que não me tocava, e um marido produtor de frutas e legumes. Com o tempo, vi que o mercado oferecia oportunidades nessa área, que ainda havia muito por fazer”, explica ao VerAngola. Com acesso a fazendas de produção espalhadas um pouco por todo o país, que servem hotéis, restaurantes e supermercados, Laurinda viu a distribuição de frutas e legumes ao domicílio como um nicho de mercado no nosso país.
Imagine que está em casa e a campainha toca. À porta, num pequeno cabaz, podem estar frutas como uvas, melancia, melão, meloa, toranja, mamão, banana, morangos, ananás, sape-sape ou manga e legumes como brócolos, pimentos, feijão-verde, quiabos, couve ou batatas. Tudo fresco e com selo de qualidade made in Angola.
Mas mais do que uma oportunidade, a Hortalinda assume-se como um projecto com uma missão: “Quis ajudar as pessoas a terem uma nova cultura alimentar. Em Angola tem-se vindo a notar uma maior preocupação com a saúde e as pessoas já associam uma alimentação saudável a um estilo de vida mais benéfico”.
A concluir um doutoramento em gestão, mas dedicada a 100 por cento ao seu projecto, Laurinda de Macedo quer ver a Hortalinda crescer cada vez mais. Uma das ideias passa pelo aproveitamento de produtos: “O combate à fome é algo que também nos é muito próximo e notei que existem excedentes de vários produtos”, refere. Assim, neste combate contra o desperdício, a empreendedora está a estudar a possibilidade de introduzir novos produtos nos seus cabazes verdes, tais como as compotas.
A Hortalinda promete continuar a levar frescura porta a porta e a dar a conhecer o que de melhor a nossa terra tem para oferecer.