O centro de formação de maquinistas e condutores foi um dos pontos visitados por uma comitiva diplomática que está a percorrer o Corredor do Lobito numa viagem organizada pela Embaixada dos EUA em Angola.
Em declarações aos jornalistas após uma breve passagem pelo centro, Nicolas Gregoir destacou a importância de iniciar a formação de 100 maquinistas e condutores no final do ano passado para salvaguardar todas as questões de segurança e adiantou que estão também a ser formados no Lobito fatores e agulheiros (profissionais ferroviários).
A nível de formação foram contratadas empresas portuguesas certificadas, tendo o centro capacidade para cerca de 200 formados e dormidas para 64 pessoas.
O embaixador português Francisco Alegre Duarte, um dos diplomatas que integra a visita, destacou que este consórcio, que é constituído por três empresas europeias – a portuguesa Mota-Engil, a suíça Trafigura e a belga Vecturis - é a espinha dorsal do Corredor do Lobito.
Além de a concessionária assegurar a operação e manutenção da ferrovia tem uma componente de formação de capital humano que é “decisiva” e contribui para a diversificação económica, assinalou.
“Para que este corredor seja mais do que um mero corredor de transporte de minerais, mas também tenha benefícios para a agricultura e outros setocres”, sublinhou.
A vista ao Corredor do Lobito, infraestrutura ferroviária que atravessa Angola desde o porto do Lobito até à fronteira com a República Democrática do Congo, passou também pela Halo Trust, organização não governamental britânica de desminagem, e pela plataforma logística da Caala, para mostrar alguns dos projetos emblemáticos que estão a ser desenvolvidos por empresas europeias e norte-americanas.
Os EUA pretendem demonstrar o seu apoio à “promoção da prosperidade através do desenvolvimento industrial, infraestruturas rodoviárias e ferroviárias, cadeia de fornecimento de minerais críticos, desminagem humanitária e atividade comercial no sector agrícola em todo o território angolano”, segundo um comunicado da embaixada norte-americana.
O encarregado de negócios dos EUA, embaixador James Story, está acompanhado por 17 embaixadores europeus e de outras nacionalidades, bem como por altos funcionários angolanos e líderes empresariais.