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Políticos angolanos rendem homenagem ao Papa Francisco

Políticos angolanos de várias afiliações partidárias renderam esta Segunda-feira homenagem ao Papa Francisco, destacando a solidariedade e o diálogo, o combate às injustiças e o amor pelos pobres.

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A morte do Papa Francisco, aos 88 anos, foi divulgada pelo Vaticano pouco antes do início da reunião plenária que esta Segunda-feira teve lugar na Assembleia Nacional e que se iniciou com a observação de um minuto de silêncio em sua memória.

Numa nota de condolências, a presidente da Assembleia Nacional, Carolina Cerqueira assinalou que o Papa Francisco denunciou as injustiças sociais, defendeu os mais vulneráveis e clamou pela paz entre as nações.

"Foi um Papa do diálogo, da escuta, da misericórdia. Um homem que recolocou Cristo no centro da Igreja, da consciência global, chamando todos crentes e não crentes – à conversão pelo amor e nunca deixou de apelar por uma melhor distribuição da riqueza mundial e manteve uma atenção especial na defesa da justiça social e das causas ambientais", referiu.

Numa publicação partilhada na sua conta no Facebook, o líder da oposição Adalberto Costa Júnior, que foi recebido pelo Papa Francisco em Agosto do ano passado, expressou "profundo pesar e dor no coração" com que recebeu a notícia, destacando a "sabedoria serena" com que o Papa falou sobre justiça social, dignidade humana e solidariedade.

"O Papa Francisco foi um farol de esperança num mundo por vezes mergulhado em sombras. A sua humildade, o amor pelos pobres, a coragem nas reformas da Igreja e a defesa incansável do diálogo entre culturas, religiões e povos fazem dele uma das grandes referências morais do nosso tempo", disse o dirigente da União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA).

Adalberto Costa Júnior convidou todos os angolanos "a unirem-se em oração pela sua alma e a manter viva a sua mensagem de paz, justiça, compaixão e fraternidade".

"Que este tempo de luto nos convoque a renovar o compromisso por um país mais fraterno, solidário e aberto ao diálogo", acrescentou o presidente da UNITA.

Também o Partido Liberal, liderado por Luís Castro, o mais recente partido político nacional que se identifica como "conservador e respeitador das instituições guardiãs da moral tradicional", assinalou que "não se foi apenas um Papa, mas sim, partiu o Papa da simplicidade, da misericórdia e do serviço aos mais necessitados".

"Onde quer que esteja, o Papa Francisco continuará a ser, para a humanidade, o eterno símbolo da misericórdia, da verdade e da esperança", afirmou numa nota fúnebre divulgada pelo partido.

Já o Presidente, João Lourenço considerou tratar-se de um duro golpe para o mundo e uma imensa perda para os cristãos católicos.

Francisco "foi um líder comprometido com a paz, com a justiça social e com os desfavorecidos", lê-se na mensagem enviada ao cardeal Kevin Joseph Farrel, camarlengo do Vaticano.

O Papa Francisco morreu esta Segunda-feira aos 88 anos, após 12 anos de um pontificado marcado pelo combate aos abusos sexuais, guerras e uma pandemia. Nascido em Buenos Aires, a 17 de Dezembro de 1936, Francisco foi o primeiro jesuíta a chegar à liderança da Igreja Católica.

Francisco esteve internado durante 38 dias devido a uma pneumonia bilateral, tendo tido alta a 23 de Março. A sua última aparição pública foi no Domingo de Páscoa, no Vaticano, na véspera de morrer.

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