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Igreja angolana diz que Papa Francisco abriu portas para a fraternidade e paz mundial

O líder da Igreja Católica em Angola disse esta Segunda-feira que o Papa Francisco foi um homem “dedicado ao bem, à concórdia e à paz” e que abriu às portas para a fraternidade, a paz mundial e valores da ecologia.

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José Manuel Imbamba, que lamentou a morte de Francisco e convidou os cristãos a unirem-se em oração em prol do Papa, considerou que o líder da Igreja católica foi um "pastor fiel a Jesus Cristo, que procurou encarnar o princípio da pobreza, abraçou os valores do evangelho como o seu ser missionário e é uma figura que encantou o mundo no seu todo".

"Ele [Papa Francisco] abriu as portas do diálogo, abriu as portas para a fraternidade, abriu as portas para a paz mundial, abriu as portas para a preocupação do mundo da ecologia, por isso essas memorias serão marcantes, porquanto foi alguém que procurou proporcionar um ambiente de diálogo saudável para todos", afirmou o arcebispo, em entrevista à Televisão Pública de Angola (TPA).

Segundo o presidente da Conferência Episcopal de Angola e São Tomé (CEAST), Francisco foi um homem dedicado ao bem, à concórdia e à paz.

"Convido todos os cristãos a unirem-se em oração em prol do Papa", frisou o clérigo, assinalado que o Papa argentino primou, no decurso do seu pontificado, pela amizade social, amizade inclusiva, por um mundo onde todos se sentissem "responsáveis, activos".

José Manuel Imbamba manifestou igualmente gratidão pelas lições do Pontífice da Igreja Católica: "Estamos agradecidos por este legado que nos deixou, agradecidos, sobretudo pela lição de amor, lição de desprendimento, lição de fraternidade, de acolhimento e de solidariedade, sobretudo para com as camadas mais vulneráveis e desprezadas no nosso contexto social".

O também arcebispo de Saurimo afirmou, por outro lado, que as reformas implementadas pelo Papa Francisco continuarão a ser implementadas pelo seu sucessor, observando que a Igreja "é sempre um caminho e está num processo de reforma permanente".

"Por isso mesmo, os que virão depois dele vão procurar dar continuidade à missão evangelizadora, porque os pastores universais procuram ler os sinais dos tempos, os sinais da história, os sinais do mundo e do momento que estamos a viver", realçou.

Toda a reforma iniciada Papa Francisco "é para continuar e este trabalho, venha o Papa que vier, não poderá retroceder todo esse caminho sinodal que está em curso e o caminho sinodal leva à renovação, ao compromisso e à conversão tudo em prol do bem que se quer no seu interior e para a sociedade", concluiu o presidente da CEAST.

O Papa Francisco morreu esta Segunda-feira aos 88 anos, após 12 anos de um pontificado marcado pelo combate aos abusos sexuais, guerras e uma pandemia.

Nascido em Buenos Aires, a 17 de Dezembro de 1936, Francisco foi o primeiro jesuíta a chegar à liderança da Igreja Católica.

O Papa Francisco esteve internado durante 38 dias devido a uma pneumonia bilateral, tendo tido alta a 23 de Março. A sua última aparição pública foi no Domingo de Páscoa, no Vaticano, na véspera de morrer.

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