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Ministério da Saúde lança projecto de formação de quadros em Saúde com apoio do Banco Mundial

O Ministério da Saúde lançou, esta Segunda-feira, um projecto de formação em saúde com o apoio do Banco Mundial. Segundo a ministra da Saúde, Sílvia Lutucuta, as metas almejadas com o Projecto de Formação de Recursos Humanos para Cobertura Universal da Saúde em Angola passam pelo reforço da disponibilidade e aprimoramento da “gestão dos recursos humanos para a saúde em todos os níveis: nacional, provincial e municipal”.

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"As metas que almejamos com este projecto são claras e ousadas. Buscamos reforçar a disponibilidade e aprimorar a gestão dos Recursos Humanos para a saúde em todos os níveis: nacional, provincial e municipal", apontou a ministra, ao discursar no lançamento oficial do projecto.

A titular da pasta da Saúde considerou que este "investimento estratégico não apenas beneficiará directamente os profissionais de saúde", como médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem e de diagnóstico, mas também terá "um impacto positivo e directo" em toda a educação e, consequentemente, na melhoria dos cuidados em toda população.

De acordo com Sílvia Lutucuta, este projecto vai ser implementado "em três componentes fundamentais para a tão almejada cobertura universal de saúde" no país.

A primeira componente, adiantou prende-se com a "governança, políticas, currículos e sistemas de informação em Recursos Humanos, onde estão alocados 7,5 por cento do financiamento", enquanto a segunda diz respeito à "formação e reforço das capacidades dos recursos humanos, com 87,5 por cento do valor financiado". Já a última componente vai dizer respeito à "gestão, acompanhamento e avaliação do projecto, com 5 por cento do investimento".

A ministra da Saúde reiterou que a "formação e a capacitação dos quadros constituem a principal prioridade do Executivo", salientando que não têm sido poupados esforços para "mobilização de recursos financeiros para admissão de pessoal e formação especializada de quadros, bem como de infra-estruturas, e tudo que é necessário para prestar serviços humanizados" à população.

Assim, realçou que, desde 2018, "foram admitidos nos últimos concursos públicos 41.093 novos profissionais em todas as carreiras, o que permitiu um incremento em 40,5 por cento, do total da força de trabalho do sector".

"De igual modo, foi iniciado o programa de especialização a todos os níveis e carreiras, estando no momento em formação em todo território nacional um total de 3202 internos de especialidades em 39 programas de especialização, dos quais 598 estão na especialidade de medicina geral e familiar, iniciamos a formação pós média e a especialização em enfermagem, gestão em saúde para reforçar o amplo programa de formação", acrescentou.

Segundo a ministra, está-se a "testemunhar a abertura oficial do plano emergencial de formação em saúde", que vai ser implementado nas 18 províncias do país, e prevê, até 2027, "especializar e capacitar 38 mil profissionais, dos quais 3000 médicos, 9000 enfermeiros, 9000 técnicos de enfermagem, 9000 técnicos de diagnóstico e terapêutica, 4000 profissionais de apoio hospitalar e 4000 profissionais do regime geral".

Além disso, reforçou que mais de metade (80 por cento) desta formação vai ser feita no país e nas instituições nacionais, "com a colaboração de todos é só 20 por cento no exterior".

Na sua intervenção, entre outros aspectos salientou que, no ano passado, visando o reforço do "programa de formação especializada" o Governo firmou uma "sólida parceria com o Banco Mundial para a formação especializada de 38.000 profissionais do sector Saúde para cerca de 142 especialidades, sendo 112 em regime especial, nomeadamente, 67 especialidades médicas, 30 especialidades em enfermagem, 15 especialidades na área de técnico de diagnóstico e terapêutica, bem como 30 especialidades na carreira de regime geral num período de 3 anos (2024-2027)".

"Temos estado a presenciar o surgimento de novas unidades hospitalares públicas e privadas, em todos os níveis assistência, e temos plena certeza que, com todos estes esforços conjugados com uma força de trabalho mais capacitada e bem treinada, iremos elevar consideravelmente a qualidade dos serviços de saúde prestados em todo país de forma humanizada aproximando-nos assim da realização plena da cobertura universal de saúde em Angola", disse ainda a ministra.

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