Numa mensagem que endereçou na Segunda-feira ao seu homólogo moçambicano, Filipe Nyusi, o chefe de Estado apresentou em seu nome e do Governo as "mais sentidas condolências" às famílias das vítimas, "pela trágica ocorrência que vitimou um elevado número de cidadãos na província e Nampula, no passado dia 7 do corrente mês".
"Queira aceitar, excelência, a nossa solidariedade neste momento de profunda tristeza que afecta o vosso país", referiu João Lourenço, na sua mensagem.
Entre as 98 vítimas mortais já confirmadas, fonte da polícia disse esta Terça-feira à Lusa que há pelo menos 55 crianças. O naufrágio da embarcação de pesca, que levava 130 pessoas a bordo, ocorreu no Domingo naquela província do norte de Moçambique.
"Temos 98 óbitos até ao momento e 16 sobreviventes. As buscas foram retomadas", disse esta manhã à Lusa a porta-voz da Polícia da República de Moçambique (PRM) na província de Nampula, Rosa Chauque.
Acrescentou que entre os 98 óbitos confirmados, 32 são do sexo masculino e 66 do sexo feminino. Entre estes, há 55 crianças, segundo os dados da PRM.
As vítimas morreram na sequência do naufrágio de uma pequena embarcação sobrelotada que saiu do posto administrativo de Lunga com destino à Ilha de Moçambique.
De acordo com as autoridades marítimas moçambicanas, a embarcação de pesca não estava autorizada a transportar passageiros nem tinha condições para o efeito e as pessoas que transportava fugiam a um surto de cólera no continente, com destino à Ilha de Moçambique, tendo o naufrágio acontecido a cerca de cem metros desta costa.
O Governo moçambicano anunciou que vai reunir-se esta Terça-feira para discutir medidas para "minimizar o impacto" deste acidente.