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Primeiros transplantes de órgãos no país poderão acontecer ainda este ano

Os primeiros transplantes de órgãos no país poderão acontecer ainda este ano, havendo apenas necessidade de ajustes e de melhor formação dos profissionais que farão parte do processo. A informação foi avançada pela ministra da Saúde, Sílvia Lutucuta, esta Segunda-feira, à margem de uma visita de Fernando Medina, ministro das Finanças português ao Instituto Hematológico Pediátrico Dra. Victória do Espírito Santo.

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Na ocasião, a governante referiu, citada pelo Jornal de Angola, que a colaboração entre Angola e Portugal neste sector auxiliará na concretização dos referidos transplantes, tendo ainda considerado que o governo de Portugal consiste num robusto aliado para o êxito deste processo.

Além disso, Sílvia Lutucuta informou que decorre um programa de investigação com um instituto português, nomeadamente o Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge, acrescentando igualmente que, no âmbito da Comunidade de Países de Língua Portuguesa, diversos médicos se encontram a ser enviados para Lisboa e Porto no sentido de receberem formação em campos específicos, a fim de o processo de transplantes de órgãos acontecer sem enormes constrangimentos, escreve o Jornal de Angola.

A titular da pasta da Saúde, citada pelo Jornal de Angola, fez ainda referência ao Instituto Hematológico Pediátrico Dra. Victória do Espírito Santo, tendo informado que um conjunto de profissionais está a frequentar um intenso programa de formação, com o intuito de melhor usufruir da infra-estrutura.

Além disso, segundo o Jornal de Angola, a ministra deu igualmente a conhecer que, este ano, Angola vai ter mais de 3000 profissionais – como médicos, enfermeiros, técnicos de diagnóstico e terapêutica –, que se encontram a fazer especialidade em diversas áreas, visando o reforço do referido instituto hematológico.

Sílvia Lutucuta informou ainda que se estima que 18 por cento da população tem traço falciforme e dois por cento da população tem doença falciforme.

"O Instituto Hematológico tem a vocação para tratar todas as doenças hematológicas adquiridas e congénitas como é o caso da anemia de células falciforme, hematológicas e onco-hematológicas", referiu a ministra, citada numa nota do Ministério da Saúde, a que o VerAngola teve acesso.

Acerca da visita do ministro das Finanças português, Sílvia Lutucuta considerou que esta serviu para o reforço do intercâmbio entre os dois países: "Temos um intercâmbio muito importante sobretudo na formação de quadros. O instituto é uma das unidades de referência que precisa de uma especial atenção no que toca a formação e assistência e vamos continuar a colaborar com o governo português", afirmou.

Já Fernando Medina, acrescenta a nota, mostrou-se impressionado com a infra-estrutura. "Foi uma visita muito significativa e fiquei de facto muito impressionado com esta obra. É uma grande realização do Governo angolano e do Ministério da Saúde", disse Fernando Medina, que, citado no comunicado da tutela, destacou também o facto de se tratar de uma unidade de referência num campo muito sensível relacionado com o tratamento de crianças.

A visita foi igualmente testemunhada pelo presidente do Conselho de Administração da Mota-Engil, António Mota, empresa responsável pela construção do referido instituto.

Recorde-se que o instituto foi inaugurado a 2 de Março do ano passado, por João Lourenço, presidente da República.

"O instituto foi idealizado para dar resposta a doenças de origem hematológica, como anemia falciforme, leucemias aguda e crónica e linfomas em pediatria", possuindo ainda "a componente de hemoterapia pediátrica e um centro de transplante de medula óssea", lê-se na nota.

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