Ver Angola

Matérias Primas

Projecto diamantífero Yetwene reinicia produção após 20 anos de paragem

A sociedade mineira de Yetwene, na Lunda Norte reinicia a produção esta Quinta-feira com nova estrutura accionista, que investiu 26 milhões de dólares no projecto, abandonado há mais de 20 anos.

: Yetwene
Yetwene  

Com o fim da prospecção e entrega do titulo de exploração mineira, foi formalizada a sociedade mineira que integra a Mountain Stabiloity, multinacional baseada em  Angola com subsidiárias em Portugal, Emirados Árabes Unidos e África do Sul (65 por cento) a estatal diamantífera Endiama (30 por cento) e a All Magic Lda (5 por cento).

Segundo um comunicado de imprensa, foram investidos no projecto até ao momento 26 milhões de dólares em actividades de prospeção, pesquisa, reconhecimento e avaliação dos depósitos de diamantes, bem  como construção das infraestruturas técnicas e sociais.

A fase de investigação geológico-mineira iniciou-se em 2019, seguindo-se a exploração de jazigos secundários de diamantes, numa extensão de 508 quilómetros, tendo sido recrutados 217 trabalhadores.

“Cumprindo os objectivos e directrizes sobre empregabilidade, previstos na parceria com o executivo central e local, o projecto Yetwene celebrou uma parceria com as universidades e institutos médios politécnicos das províncias da Lunda Norte e Lunda Sul, para concessão de estágios profissionais aos recém-formados”, adianta a empresa, em comunicado.

A par da geração de empregos directos, até ao momento foram também criados mais de 300 postos de trabalho indirectos.

A mina do Yetwene foi submetida à exploração ao longo de várias décadas, pela Diamang, Diamond Works, Branch Energy e Mining B.V-Yahalon do grupo mineiro Lev Leviev, do magnata israelita com o mesmo nome, e foi abandonada em Dezembro de 2008.

A Lev Leviev foi entretanto vendida à China Sonangol International Holding, ligada ao ex-vice-presidente Manuel Vicente, passando a chamar-se Lev Leviev International, tendo a sua participação na mina de Catoca sido transferida para o Estado no ano passado.

Na área da mina do Yetwene, desde meados de 1950 até ao princípio de 1970, foram perfurados pela ex-Diamang mais de 2000 poços numa extensão de 16 quilómetros nas margens dos rios Tchicapa e Lumanhe, que permitiu estimar recursos de aluviões na ordem de 2.500.000 metros cúbicos de minério contendo mais de 750.000 quilates de diamantes.

Relacionado

Permita anúncios no nosso site

×

Parece que está a utilizar um bloqueador de anúncios
Utilizamos a publicidade para podermos oferecer-lhe notícias diariamente.