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Petrolífera Somoil destaca resultados históricos por dois anos consecutivos

O presidente do conselho de administração (PCA) da Somoil, maior petrolífera privada angolana, considerou 2022 um ano histórico para a empresa, quando alcançou resultados líquidos de 182,1 milhões de dólares.

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Num encontro esta Quarta-feira com a imprensa, denominado "Café com a Media", para falar sobre os resultados da empresa nos últimos dois anos, Edson dos Santos destacou o crescimento significativo da produção média diária, que passou de 4,3 mil barris de petróleo/dia, em 2021, para 12 mil barris de petróleo/dia, com destaque para a contribuição do Bloco 14/14K (6,9).

Segundo Edson dos Santos, a produção da empresa "quase que triplica ano a ano". Em 2020, lembrou, os blocos operados pela Somoil produziam cerca de oito mil barris e "hoje a produção operada pela Somoil está próximo dos 20 mil barris".

"Mais do que duplicou a produção operada por nós. De onde é que vêm esses números? Muito foco na tecnologia - os campos da Somoil são muito antigos, estão em produção desde os anos [19]70 – muito investimento em 'upgrade', modernizar os campos operados por nós, saímos de bombas hidráulicas para bombas 'jets', mobilizámos uma unidade de perfuração em terra, uma sonda que nos tem ajudado a fazer poços novos para mitigar o declínio e aumentar a produção", referiu.

Edson dos Santos referiu que a produção petrolífera em Angola vem declinando, mas para a Somoil a situação nos últimos dois anos "tem sido reversa".

Outro bom indicador para a empresa, prosseguiu o PCA da petrolífera, tem sido a redução dos custos de produção, "o que mostra que a Somoil como operador tem-se tornado cada vez mais eficiente", com custos actuais de 14,5 dólares contra os anteriores 32,4 dólares, em 2019.

Com um aumento de ano para ano das receitas, associado ao aumento da produção e de preço, a empresa fechou 2022 com 448,3 milhões de dólares e um resultado líquido de 182,1 milhões de dólares.

"Mais uma vez entre a Somoil histórica e a contribuição do Bloco 14/14K. Sem o Bloco 14/14K o resultado líquido da Somoil melhorou próximo de 88 por cento, saímos de uma empresa de 41 milhões de dólares para próximo dos 77 milhões de dólares do resultado líquido. Quando olhamos para o resultado líquido integrado, levando em consideração o Bloco 14/14K, este número sobe para mais de 340 por cento, de 2021 para 2022 e 182 milhões de dólares seria o resultado líquido integrado", realçou.

O PCA da Somoil sublinhou que o factor preço "ajuda bastante", mas não é o que mais influencia os resultados, salientando que foi feita uma análise dos resultados com o preço do ano anterior, sendo a contribuição aproximada dos 35 por cento dos resultados.

"Em 2021, a Somoil vendeu o seu petróleo próximo dos 71 dólares por barril e em 2022 vendeu próximo dos 97 dólares por barril. O preço ajudou, mas a maior contribuição vem mesmo do aumento da produção e melhoria da eficiência", disse Edson dos Santos, destacando também a flexibilidade do Estado nas melhorias dos termos contratuais.

"Claramente o melhor ano da história da Somoil, 2021 já tinha sido o melhor ano da história da Somoil, 2022 é ainda melhor, um ano histórico para nós, marca um crescimento significativo, claramente mais seguros, mais amigos do ambiente e mais lucrativos", frisou.

Operadora em quatro blocos com potencial de 50 mil barris diários, nomeadamente o Bloco 2/05 (30 por cento), FS (15 por cento), FST (31,33 por cento) e CON-1 (40 por cento), a Somoil tem ainda participação em sete blocos operados por terceiros, Bloco 3/05 (10 por cento), 3/05ª (10 por cento), 4/05 (18,75 por cento), 14 (29 por cento), 14K (14,5 por cento), 17/06 (10 por cento) e CON-6 (35 por cento).

Nos últimos dois anos, a Somoil tem aumentado os seus activos, destacando-se a aquisição de 20 por cento de participação à Total do Bloco 14/14K, o primeiro em águas profundas em perfuração em Angola, operado pela Chevron, com uma produção de cerca de 60 mil barris/dia.

Sobre a aquisição do Bloco 17/06, Edson dos Santos disse que o objectivo é passar de 5 por cento para 7,5 por cento, adquirindo a participação de 2,5 por cento da tailandesa PTTEP.

"Um bloco em desenvolvimento, muito potencial e outro lado que nos atrai nesse bloco é o potencial de gás", disse o responsável, citando a aquisição de 5 por cento dos activos da GALP no Bloco 32, em águas ultraprofundas, operado pela TotalEnergies.

De acordo com o PCA da Somoil, a empresa aposta também dentro da indústria petrolífera no 'downstream', com a Somoil Distribuição, prevendo a construção de pelo menos 25 postos de abastecimento, dos quais dois prontos a entrar em funcionamento este ano, uma aposta nos lubrificantes e energias renováveis, com projectos em carteira para o fornecimento de energia solar.

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