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Angola vai ajudar a Namíbia a desenvolver indústria de hidrocarbonetos

O ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás reafirmou a disponibilidade de Angola para ajudar a Namíbia a desenvolver a sua indústria de hidrocarbonetos, evitando erros que cometeu no passado.

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Diamantino de Azevedo, que assinou em Windhoek, capital da Namíbia, um memorando de entendimento com o seu homólogo namibiano, Tom Aloweendo, no domínio dos recursos minerais e hidrocarbonetos, disse nas declarações à imprensa que pretendem igualmente fazer investimentos naquele país vizinho, aproveitando as oportunidades existentes.

“Voltamos a reafirmar o nosso engajamento, a nossa disponibilidade para colaborar com a Namíbia neste desenvolvimento da indústria de hidrocarbonetos na Namíbia, com todo o nosso saber, a nossa experiência”, referiu o ministro.

O governante sublinhou igualmente que pretendem transmitir a sua experiência aos “irmãos da Namíbia” a nível de erros que cometeram “para que não aconteça o mesmo com a Namíbia”.

Segundo Diamantino de Azevedo, Angola está igualmente disponível para partilhar com os seus vizinhos as suas infraestruturas de apoio à indústria de petróleo e também para replicar os bons exemplos que sejam necessários à Namíbia.

“Mas também pedimos a colaboração da Namíbia naqueles aspetos em que a Namíbia tem já alguma experiência a nível desta indústria dos recursos minerais em geral e finalmente chegámos à conclusão que existem oportunidades tangíveis de fazermos investimentos comuns tanto na área de petróleo e gás, como de outros recursos minerais na Namíbia e em Angola”, frisou.

O titular da pasta dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás disse que as partes decidiram pela criação de um comité técnico conjunto, que deverá reunir-se regularmente, para a melhor implementação prática do memorando de entendimento.

Diamantino de Azevedo sublinhou que os recursos minerais “em geral são uma bênção e não uma maldição”, em resposta à pergunta como evitar que a descoberta de petróleo na Namíbia aumente o fosse entre ricos e pobres, salientando que “apenas o mau uso por parte dos homens pode tornar esses recursos minerais uma maldição”.

“Por isso, eu creio que, e tenho toda a esperança e sou positivo, no sentido de que a descoberta de petróleo na Namíbia, ao contrário do que foi dito, não aumentará a diferença entre pobres e ricos, pelo contrário, pode ajudar a diminuir essa diferença, e a Namíbia tem agora a vantagem de poder aprender com possíveis erros que Angola tenha cometido”, observou.

“Nós cometemos alguns erros, mas fizemos muita coisa positiva, o petróleo ajudou Angola nos tempos mais difíceis (...) que Angola e não só Angola, a Namíbia, a África do Sul, passaram, e o petróleo ajudou a passar por esses tempos muito difíceis e continua a ajudar a passar por esses tempos difíceis”, acrescentou.

Diamantino de Azevedo admitiu que “a existência do petróleo pressupõe alguns cuidados para que fenómenos como a doença holandesa não surjam e não prejudiquem" os países.

“Mas como disse, os erros que nós tenhamos cometido, a Namíbia não tem necessidade de cometer esses erros, porque tem não só a nossa experiência, mas de outros países africanos produtores de petróleo, e nós estamos abertos, disponíveis, não só para demonstrarmos os bons exemplos, mas também os erros e ajudarmos a superar isso e fazer com que a Namíbia use melhor ainda esta descoberta”, vincou.

“Creio que devemos olhar todos de forma positiva para essas descobertas e de certeza que o povo da Namíbia irá ganhar em termos de melhoria da sua qualidade de vida”, afirmou.

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