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Biocom continuará a aumentar produção de açúcar contribuindo para redução das importações

A produção de açúcar da Companhia de Bioenergia de Angola (Biocom) – situada no município de Cacuso, em Malanje – continuará a aumentar, o que possibilitará ao país reduzir de forma regular a importação deste produto.

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Ao falar nesta Quinta-feira, na abertura da safra 2023, o secretário de Estado da Agricultura, João Cunha, destacou que, volvida uma década de existência, a empresa hoje em dia gera grandes quantidades deste produto, que possibilitaram Angola diminuir a importação de açúcar em 40 por cento, bem como aumentar o seu consumo em termos nacionais, escreve a Angop.

De acordo com o responsável, esse aumento na produção nacional faz com que Angola poupe uma quantidade considerável de divisas, que se encontram a ser encaminhadas para outros propósitos, segundo refere uma nota do governo provincial de Malanje, a que o VerAngola teve acesso.

O secretário de Estado disse ainda que "os indicadores do aumento futuro da produção de açúcar e consequente redução da importação, é a cifra esperada de 120 mil toneladas de açúcar durante a colheita hoje [Quinta-feira] aberta, o que também representa um elevado índice de investimento e de desenvolvimento económico que o país vem atingindo", lê-se na nota.

O responsável salientou que apesar disso, existe ainda muito a fazer para incrementar a produção nos diversos domínios, motivo por que o Governo tem vindo a traçar diversas políticas, realçando-se o Plano Nacional de Fomento Para a Produção de Grãos (Planagrão), escreve a Angop.

Sobre este plano e outros do Governo nos domínios da produção de açúcar, pecuária e pescas, o secretário de Estado explicou que estes foram delineados para se atingir a médio e longo prazo a autossuficiência alimentar, bem como gerar condições de exportação de produtos e pôr fim à dependência do petróleo. "Temos terras aráveis, água, clima favorável e outras condições necessárias para alavancar o sector agro-industrial e caminhar de forma incisiva e decisiva na obtenção de receitas para os cofres do Estado sem depender da exportação do petróleo", indicou, citado pela Angop.

Já o director geral da Biocom, Uirá Ribeiro, citado no comunicado do governo de Malanje – a que o VerAngola teve acesso – referiu que a fazenda se encontra "num período desafiador de produção, tendente a atingir cada vez mais o aumento da sua capacidade, para fazer face aos intentos do Estado angolano, sendo que é a única companhia do país que produz açúcar, etanol, álcool e energia limpa a partir da cana-de-açúcar".

O responsável disse ainda que, a par disso, também tem vindo a contribuir "com acções ligadas ao desenvolvimento dos sectores da educação, desporto, formação profissional e emprego, no âmbito das suas responsabilidades sociais, com realce para a população do município de Cacuso".

De acordo com a Angop, a empresa alcançou as 110 mil toneladas na safra do ano passado, correspondendo a menos 10 mil toneladas do número calculado para este ano.

A referida campanha de colheita sinalizou também as celebrações do décimo aniversário da empresa, assinalados nesta Quinta-feira (27 de Abril).

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