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Angola é o primeiro país africano a aderir à campanha ‘Blue Skies e Net Zero 2050’

Angola aderiu à campanha ‘Blue Skies e Net Zero 2050’, tornando-se assim no primeiro país africano a aderir à referida campanha, que diz respeito a uma iniciativa do Instituto Global para o Crescimento Verde (GGGI).

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A adesão do país foi revelada, esta Quinta-feira, pelo director e líder dos Programas para África do GGGI, Mallé Fofana, no fim de uma audiência com a vice-Presidente da República, Esperança da Costa.

"Nós estamos aqui a representar o GGGI, que lançou a campanha mundial 'Blue Skies e Net Zero 2050'. Angola é o primeiro país africano a abraçar essa iniciativa, e recebemos da vice-Presidente da República o suporte institucional necessário. O encontro foi muito satisfatório, na medida em que também estiveram presentes representantes de empresas, membros da sociedade civil, e parceiros de desenvolvimento, o que demonstra o compromisso do país, como um todo, para a preservação e protecção do ambiente", indicou, citado num comunicado da vice-Presidência da República, a que o VerAngola teve acesso.

De acordo com a nota, na reunião – onde os dois conversaram acerca das "formas de promover um desenvolvimento inclusivo e sustentável nos países em desenvolvimento, e uma transição global para um modelo de crescimento verde" – o director e líder dos Programas para África do GGGI destacou o compromisso de Angola "com o crescimento verde e a sua liderança na implementação do acordo de Paris" acerca das alterações climáticas.

Na base da escolha de Angola como o primeiro país africano a aderir à iniciativa, segundo o comunicado, esteve o facto de o país possuir legislação específica no campo do ambiente. "Para a escolha de Angola como a primeira nação africana a abraçar a iniciativa, muito contribuiu o facto de o país ter legislação específica no domínio do ambiente, com destaque para o Programa Nacional de Qualidade Ambiental, que inclui a componente do ar e envolve a poluição nas cidades, na zona rural e outras, o diploma sobre o Fomento dos Espaços Verdes, que vai até ao nível dos municípios e comunas, e os programas nacionais de Normalização Ambiental e das Tecnologias Ambientais", lê-se na nota.

Além disso, contribuiu também "o facto de a Estratégia Nacional para as alterações climáticas ter já inserida acções do ponto de vista multissectorial, e de o Presidente da República, João Lourenço, chamar a si essa responsabilidade, ao instituir a Comissão Nacional das Alterações Climáticas e Biodiversidade", acrescenta o comunicado.

Em termos práticos, iniciativas como a do Canal do Cafu (pretende melhorar o acesso à água para as populações e comunidade local), o programa de energias renováveis recentemente lançado em Benguela, "o ciclo combinado do Soyo, o projecto do Laúca, o Programa da Bacia do Congo, que envolve a floresta do Maiombe – sobre a liderança de Angola existe a iniciativa Maiombe – são igualmente factores que levaram Angola a ser escolhida pelo GGGI como o primeiro país do continente" a aderir à referida campanha.

A 'Blue Skies e Net Zero 2050', que está inserida numa das resoluções da Assembleia Geral das Nações Unidas, relaciona-se com a poluição, "conjugada com as recomendações da Assembleia Geral do Ambiente do ano passado, e consubstancia-se, essencialmente, na capacitação institucional e de angariamento de fundos para a implementação de projectos destinados a tornar as cidades mais verdes, e os céus mais azúis", refere ainda o comunicado.

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