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Organização angaria fundos para ajudar albinos em Angola

A agência sociocultural "Kuenda" lamentou esta Sexta-feira a condição socioeconómica de muitos albinos em Angola e procura angariar fundos para subsidiar, numa primeira fase, cremes de protecção solar a cerca de três mil pessoas albinas carenciadas.

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Segundo o director da referida agência, Lauro Cassule, que promove a iniciativa em parceria com a Rede de Mediatecas de Angola a população albina no país está em "situação de vulnerabilidade e carece de protecção especial das autoridades".

As denominadas "Jornadas de Consciencialização ao Albinismo 13 de Junho" foram lançadas em 13 de Abril e decorrem até 13 de Junho, data em que se celebra o Dia do Albinismo.

A iniciativa propõe-se também em "conseguir apoio do Estado na redução dos impostos aduaneiros sobre esses produtos para que se reduzam os preços para o consumo final".

Em declarações à Lusa, Lauro Cassule, que pede o envolvimento maciço de toda a sociedade, explicou que as jornadas estão estruturadas em três actividades, entre elas uma feira de exposição de produtos e serviços para pessoas albinas, prevista entre 10 de 12 de Junho.

"Estamos aqui a estimular empresas e outros que prestam serviços também no âmbito da responsabilidade social a inclusão de pessoas albinas", afirmou, referindo que a iniciativa visa alcançar, na fase inicial, cerca de 3000 beneficiários directos.

A organização diz que está em curso um processo de cadastramento de pessoas albinas a nível do país, com o apoio das associações ligadas ao albinismo, quando estão igualmente agendadas campanhas para albinos não associados.

"É um processo contínuo, ainda não temos um número preciso de beneficiários, pese embora estimarmos cerca de 3000 beneficiários diretcos, numa primeira fase, mas obviamente temos mais números e agora precisamos de continuarmos a engajá-los", defendeu.

O responsável realçou que a "maior parte da população albina em Angola é economicamente carenciada, requer muitos cuidados e tem poucos recursos financeiros para suprir as suas necessidades de saúde".

"A aquisição de cremes, acesso a consultas de dermatologia e oftalmologia é para maior parte desta população uma realidade ainda distante", notou.

"Mas, estamos a fortificar o trabalho de equipa no sentido de unificar as associações nesta causa", assinalou, defendendo um "plano nacional de assistência pessoas albinas que carecem deste apoio".

Uma actividade de consciencialização do cancro de pele está ainda agendada, no quadro das jornadas, com a organização a querer estabelecer um recorde mundial da maior audiência de "live streaming" em apoio ao albinismo.

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