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Ministério da Saúde reitera que vacina da AstraZeneca é segura

A ministra da Saúde reiterou o apelo para que as pessoas elegíveis neste momento adiram à campanha de vacinação contra a covid-19, que decorre no país com a vacina da AstraZeneca.

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Sílvia Lucutuca, que falava aos jornalistas à margem da apresentação de uma declaração para assinalar o Dia Mundial da Saúde, reagia à conclusão do Comité de Avaliação de Risco em Fármaco-vigilância (PRAC, sigla em inglês) sobre uma possível ligação da vacina AstraZeneca e problemas de formação de coágulos sanguíneos.

"Continuamos a reiterar aqui que a vacina é segura e que salva vidas. Não há nenhum medicamento inócuo e que nós temos sempre que avaliar os riscos e benefícios, e, neste caso em particular da covid-19, a falta de uma dose de vacina ou de duas doses, no caso específico da AstraZeneca, pode-se incorrer num custo incalculável, que é a perda de vidas", referiu a ministra.

A governante realçou ainda que "há pessoas que já têm uma tendência natural para formar coágulos". Segundo a ministra, para estas há que ter cuidados acrescidos, "mas o número de pessoas com coágulos sem vacinas e de pessoas vacinadas, não há assim um aumento causado pela vacina e isso é que devemos reter".

A titular da pasta da Saúde recordou que o país já tem o registo de mortes de profissionais de saúde, um dos grupos elegíveis por esta altura, por não tomarem a vacina.

"Não devemos pagar com a vida e perder a oportunidade de ser vacinado e podermos salvar a nossa vida. Os profissionais que fazemos referência, alguns deles, pelo menos um, com alguma responsabilidade na sua área de funcionamento, tinha feito o registo de todos os colegas, não se foi vacinar e passados 15 dias estava a morrer com covid-19", referiu.

"Nós não queremos que os nossos profissionais, que são muito expostos, corram riscos desnecessários, com vacina. Não é este o único caso, tivemos outro recentemente em Benguela, e todos eles não vacinados", acrescentou.

Sílvia Lutucuta sublinhou que a vacinação reduz as formas graves da doença e também evita a mortalidade, havendo estudos feitos no Reino Unido, que atestam uma redução em 80 por cento do número de casos de infecção em profissionais de saúde, com a vacina da AstraZeneca, e de zero por cento da mortalidade.

"Vamos é olhar sempre para os benefícios que a vacina traz. A vacina é barata, segura, salva vidas e não vamos perder a vida por não sermos vacinados", concluiu.

Angola recebeu no início de Março passado 624 mil doses de vacinas da AstraZeneca, no âmbito da iniciativa Covax, que permitiu dar arranque ao seu Plano Nacional de Vacinação contra a Covid-19, com prioridade à população de maior risco de adoecer ou morrer pela doença, nomeadamente profissionais de saúde, idosos acima dos 65 anos com comorbidades, e professores.

Esta actividade será desenvolvida durante o presente ano, de forma a alcançar as metas estabelecidas pelo Plano Nacional de Vacinação contra a covid-19 de vacinar cerca de 15 milhões de cidadãos.

Na sua declaração sobre o Dia Mundial da Saúde, Sílvia Lutucuta disse que foi significativa a tendência positiva de aumento do investimento público na Saúde, apesar do quadro macroeconómico desafiante, tendo beneficiado de cerca de 6 por cento do Orçamento Geral de Estado desde 2017, "caminhando progressivamente para o alcance do compromisso de Abuja de afectar 15 por cento do Orçamento do Estado ao sector da saúde".

A ministra destacou ainda o aumento significativo de recursos humanos, com o ingresso de 25.465 novos profissionais de saúde e o enfoque na valorização do capital humano, tendo sido colocados, a quase totalidade, dos recursos humanos recém-ingressados a nível dos municípios e muitos deles iniciaram as especialistas médicas prioritárias.

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