O representante da empresa PRUMO-Empreendimentos e Materiais de Construção, António Vide, ao qual foi adjudicada a infra-estrutura, no âmbito das privatizações de activos do Estado, encara o investimento com "coragem, crença no país e nos angolanos".
"Estamos preocupados em alcançar níveis de produção que permitam a viabilidade económica e financeira da fazenda, mas temos uma preocupação significativa na componente social e ambiental", afirmou em declarações à imprensa.
A fazenda Pungo Andongo, localizada na província de Malanje, foi uma das cinco cujos contratos de adjudicação, a favor de empreendedores privados, foram esta Quinta-feira rubricados com o Instituto de Gestão de Activos e Participações do Estado (IGAPE).
Com uma área de 23.230 hectares e com infra-estruturas por reabilitar, o coordenador do projecto perspectiva produzir este ano cerca de 2000 toneladas de soja e 4000 toneladas de milho.
"O nosso programa atinge dentro de cinco ou seis anos a passagem de 15.000 toneladas de soja e 30.000 toneladas de milho", frisou, garantindo "dinamizar" a região, a província e apoiar o desenvolvimento da economia.
O responsável deu conta que a fazenda custou 25 milhões de dólares e garante, numa primeira fase um investimento elevado, 15 milhões de dólares, equivalente em kwanzas, sobretudo na aquisição e montagem de equipamentos.
"Este é o investimento inicial e nos próximos três ou quatro anos e depois o investimento vai crescendo a partir do momento em que se vão criar mais áreas de produção, nomeadamente para trabalhar o milho e a soja", explicou.
A fazenda "vai ter capacidade para armazenagem e secagem do milho e temos equipamento para produzir fuba de milho e ração de animal, não temos previsto venda directa do milho ou da soja, está sim previsto vender o produto final", rematou.