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Taxistas queixam-se de “excessos e extorsão” da polícia durante estado de emergência

Taxistas queixaram-se esta Segunda-feira de “excessos e extorsão” por parte de alguns agentes da polícia por “má interpretação” do decreto presidencial sobre o estado de emergência, devido à covid-19, principalmente das administrações e comandos municipais, em Luanda.

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Segundo o presidente da Associação Nova Aliança dos Taxistas de Angola (ANATA), Francisco Paciente, prevalecem na via pública divergências entre os seus associados, autoridades administrativas e efectivos da polícia na percepção do seu trabalho em estado de emergência.

"Aproveitamos o encontro para apresentar as divergências que estamos a ter na via pública na interpretação do estado de emergência por parte das administrações municipais e dos comandos de polícia", disse Francisco Paciente em Luanda.

Falando no final de um encontro sobre o sobre o impacto económico da covid-19 nas empresas do sector dos transportes, promovido pelo Ministério dos Transportes, o responsável observou que os taxistas "conhecem os seus limites".

O presidente da ANATA recordou que a actividade dos seus associados insere-se no âmbito das excepções, com o "respeito ao distanciamento social e a higiene das viaturas e passageiros".

"Mas, o que verificamos é algum excesso por parte das administrações municipais e de comandos de polícia", apontou.

Angola cumpriu esta Segunda-feira o décimo dia do segundo período de estado de emergência que decorre até Sexta-feira, com vista a conter a propagação da covid-19.

A primeira fase do estado de emergência em Angola decorreu entre 27 de Março e 10 de Abril.

O país regista já 24 casos positivos do novo coronavírus, nomeadamente 16 casos activos, seis recuperados e dois óbitos.

Em estado de excepção temporária, os transportes públicos devem transportar apenas um terço da sua capacidade de lotação, está proibido o serviço de moto-táxi, sendo que a circulação e permanência de pessoas na via pública obedece a certos limites.

Francisco Paciente realçou, no entanto, que neste momento estão apreendidas centenas de viaturas que fazem o serviço de táxi, sobretudo nos municípios de Talatona, Belas, Kilamba e Cuacuaco "onde há muita arrogância por parte da polícia".

"Apresentamos essas preocupações aqui ao ministro que garantiu, no âmbito da Comissão Interministerial de Controlo e Combate à Pandemia, abordar os ministérios do Interior e Administrações para que se ultrapasse esse diferendo", notou.

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