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Autoridades estimam perdas de mil milhões nos transportes

O Ministério dos Transportes estimou esta Segunda-feira que o sector regista perdas de receitas que ascendem aos mil milhões de dólares, devido à pandemia provocada pelo novo coronavírus, e precisa de reforçar a tesouraria.

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A situação foi relatada pelo secretário de Estado dos Transportes, Carlos Fernandes Borges, no final de um encontro que a tutela manteve com as empresas, associações do setor e a banca comercial.

Segundo o governante, as estimativas projectadas assinalam perdas de mais de 1000 milhões de dólares, observando que os cálculos tiveram como bases "variáveis e pressupostos que são difíceis de fixar devido a incertezas".

"O cálculo e estimativa de receitas e perdas depende de quanto tempo isto irá durar, ninguém sabe, depende qual será a taxa de recuperação", disse Carlos Fernandes Borges.

Num exercício que considerou conservador, o secretário de Estado adiantou que as estimativas apontam para uma recuperação, nos próximos seis ou nove meses, de "receitas que podem ascender aos 40 ou 50 por cento do total de receitas até Dezembro".

"Portanto, é uma perda muito forte que temos de encontrar alternativas e soluções", frisou.

O impacto económico da pandemia da covid-19 nas empresas do sector dos transportes esteve na base do encontro que decorreu na capital, com vista a encontrar soluções para garantir o equilíbrio das empresas.

"Estamos muito centrados em identificar soluções, elas passam por identificar mecanismos de apoio à tesouraria que possam aliviar as empresas dessa baixa de receitas", realçou Carlos Fernandes Borges.

Para o apoio financeiro ao sector, público e privado, o Ministério dos Transportes estimou que, nos "cálculos preliminares" já efectuados, as empresas tenham necessidade de mais de 200 milhões de dólares.

"É um número preliminar, mas tem a ver com um trabalho que já foi feito e o que nós queremos é que depois se faça a ponte com o setor bancário, daí que convidámos a banca comercial", explicou.

Um volume de investimentos de 100 milhões de dólares, sobretudo para os privados, faz parte das estimativas do órgão ministerial, porque é um sector "em que há muita informalidade".

"Vimos aqui uma oportunidade de olhar para o sector rodoviário e perante esta situação tentarmos formalizar uma parte significativa desta actividade", rematou Carlos Fernandes Borges.

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