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Lista com as fortunas de angolanos em Portugal já foi entregue a Angola

Na semana passada, Portugal entregou a Angola uma lista com as fortunas de várias personalidades angolanas. Nomes como o de Isabel dos Santos, Leopoldino Fragoso do Nascimento e Tchizé dos Santos fazem parte do documento que cataloga os angolanos que têm fortunas em Portugal.

: Hélder Pitta Grós, procurador-geral da República com Lucília Gago, a sua homóloga portuguesa (Foto: Mario Cruz/Lusa)
Hélder Pitta Grós, procurador-geral da República com Lucília Gago, a sua homóloga portuguesa (Foto: Mario Cruz/Lusa)  

Segundo avança o Correio da Manhã, citado pelo Observador, o documento é composto por mais de 7000 páginas e detalha as contas bancárias, investimentos, imóveis e participações em empresas de várias figuras angolanas.

Entre os vários nomes que compõem a lista estão os dos filhos do ex-Presidente, José Eduardo dos Santos: Isabel dos Santos, Tchizé dos Santos e Zenú dos Santos surgem no documento por terem acções em empresas portuguesas e possuirem imóveis.

Recorde-se que Isabel dos Santos tem acções nas portuguesas NOS e Galp. Também participava na Efacec, mas as suas acções foram entretanto nacionalizadas. Dadas as investigações em torno da empresária, algumas destas acções encontram-se congeladas.

Já a sua irmã, Tchizé dos Santos, surge na lista por possuir imóveis. O mesmo acontece com Zenú dos Santos, antigo presidente do Fundo Soberano de Angola.

Aos irmãos dos Santos juntam-se ainda os nomes do ex-chefe da Casa Militar Manuel Hélder Vieira Dias e do ex-chefe das secretas angolanas, Leopoldino Fragoso do Nascimento.

Contudo, de acordo com o Correio da Manhã, os nomes do ex-vice-Presidente, Manuel Vicente, e de Álvaro Sobrinho, antigo presidente do Banco Espírito Santo Angola, não constam no documento.

O jornal fez ainda saber que a lista foi entregue pelo Departamento Central de Investigação e Acção Penal, em mão, a um funcionário judicial da Procuradoria-Geral da República (PGR) angolana, que se deslocou até Portugal com esse propósito.

De referir que em Fevereiro do ano passado, Hélder Pitta Grós, procurador-geral da República, pediu ajuda a Lucília Gago, a sua homóloga portuguesa, para identificar os bens de angolanos que tivessem imóveis, investimentos ou contas nesse país.

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