"Foram definidas unidades hoteleiras que já começaram a acolher os nossos profissionais de saúde, que estão numa situação de risco, para não voltarem para casa e aumentarem o risco para as suas famílias", afirmou, numa conferência de imprensa em Luanda.
"Até ao final do dia de amanhã [Quinta-feira] todos os profissionais da linha da frente estarão acomodados nestas unidades", garantiu Sílvia Lutucuta.
Angola registou nesta Quarta-feira dois novos casos de infecção por coronavírus, elevando para 19 o número total, todos relativos a passageiros provenientes na sua maioria de Portugal, um do Brasil e um da África do Sul.
A responsável da pasta da Saúde disse que o "número de casos tem aumentado, mas numa população muito definida", não se registando circulação comunitária.
Sobre as pessoas que se encontram actualmente em quarentena domiciliar, adiantou que estão a ser acompanhadas pelas autoridades, embora várias destas pessoas, apesar de terem assinado um termo de compromisso não terem fornecido endereços e números de telefone correctos.
Sílvia Lutucuta adiantou ainda que "a capacidade de diagnóstico tem estado a evoluir", esperando descentralizar a realização de testes em 15 províncias a partir de 15 de Abril.
Por outro lado, indicou que Angola não tem perspectiva de fazer testagem da vacina e vai aguardar pelos resultados de outros países africanos.
Quanto à circulação de pessoas, sublinhou que a prioridade é defender o país, defendendo que a cerca provincial sanitária, que interdita as entradas e saídas entre as diferentes províncias, é uma medida adequada, o mesmo acontecendo com o fecho de fronteiras.
"Temos de nos defender" porque "o país está em risco", frisou, acrescentando que foram reforçadas as fronteiras com países onde há circulação comunitária como a Namíbia ou a República Democrática do Congo (RD Congo).