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João Lourenço: “Não temos outra opção senão aceitar os sacrifícios para preservar o bem maior - a vida”

O Presidente da República declarou esta Sexta-feira a prorrogação do estado de emergência por mais 15 dias, a partir de 26 de Abril, com alívio de algumas medidas para permitir a retoma “paulatina da actividade económica”.

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O estado de emergência em Angola para conter a propagação da pandemia de covid-19 foi declarado a 27 de Março, por 15 dias, prorrogado uma primeira vez em 11 de Abril e volta a ser estendido de 26 de Abril a 10 de Maio.

Numa declaração ao país divulgada pela Casa Civil do Presidente, João Lourenço apelou aos seus compatriotas para que mantenham as medidas de prevenção e observem o regime de confinamento, sublinhando que o levantamento definitivo do estado de emergência e das restrições a ele inerentes dependerá sobretudo da forma como forem cumpridas tais medidas e do comportamento individual e colectivo.

"Hoje, melhor do que ontem, temos a exacta noção do quão difícil é observar o regime de confinamento a que nos vemos forçados pela ameaça do novo coronavírus, mas não temos outra opção senão aceitar os sacrifícios para preservar o bem maior - a vida", destacou o Presidente.

Na mensagem, João Lourenço realçou também que o próximo período de 15 dias trará "algumas medidas de alívio em grande parte do território nacional, abrindo a possibilidade da retomada paulatina da actividade económica".

O chefe do executivo lembrou que se passaram 30 dias desde que tomou a decisão de decretar o estado de emergência "no superior interesse da defesa da saúde e da vida dos angolanos", numa altura em que o país registava apenas três casos da doença, e sublinha que foi a tomada atempada de medidas de saúde pública que permitiu manter controlado o risco de propagação da pandemia.

"Significa que está encontrado o caminho que devemos continuar a seguir, como contribuição de Angola na luta global contra a pandemia", reforçou, acrescentando que o avanço da covid-19 no mundo ensina "que a prevenção continua a ser a melhor e a mais eficaz forma de luta contra o perigo mortal" com o qual o mundo se confronta.

João Lourenço terminou reconhecendo publicamente o empenho dos profissionais de saúde, médicos, enfermeiros, técnicos e especialistas, polícias, militares, empresários, líderes religiosos, jornalistas e figuras da sociedade civil, que se têm empenhado na luta comum contra a covid-19 e exortou os cidadãos a serem responsáveis e fazerem "a sua parte".

Os apelos do chefe de Estado vão no sentido de incentivar os cidadãos a ficarem em casa, lavar as mãos com frequência, manter a distância recomendada e usar máscara em ambientes como o transporte público e mercados.

Angola tem 25 casos confirmados da covid-19 e duas mortes.

O número de mortos provocados pela covid-19 em África subiu para 1.298 nas últimas horas, com 27.427 casos registados da doença em 52 países, segundo as estatísticas mais recentes sobre a pandemia naquele continente.

A nível global, segundo um balanço da AFP, a pandemia de covid-19 já provocou cerca de 200 mil mortos e infetou mais de 2,7 milhões de pessoas em 193 países e territórios. Mais de 720 mil doentes foram considerados curados.

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