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“Dificilmente haverá condições” para realizar cimeira da CPLP em Setembro

O secretário-executivo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) admitiu esta Terça-feira que, por causa da pandemia, "dificilmente" existirão condições para a realização da cimeira de chefes de Estado e de Governo, da organização, agendada para Setembro, em Luanda.

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Neste cenário, "vamos ter de reprogramar todas as actividades e reuniões. Por isso, penso que, neste momento, dificilmente estarão reunidas as condições para a realização da cimeira em princípios de Setembro, em Luanda", afirmou em declarações à Lusa o embaixador Francisco Ribeiro Telles, sublinhando, porém, que "esta é uma avaliação que terá de ser feita por todos os estados-membros da CPLP".

O "coronavírus atingiu em cheio os trabalhos e a agenda da CPLP. Tínhamos um conjunto de reuniões marcadas para os meses de Março e Abril, nomeadamente a reunião conjunta dos ministros da Economia Comércio e Finanças e também das Agências de Investimento dos países da CPLP que tiveram de ser canceladas", explicou.

Estas reuniões, tinham como objectivo "preparar a cimeira de Chefes de Estado, em Luanda, no próximo mês de Setembro, e abrir caminho à constituição de um pilar económico" no seio da organização.

Ao mesmo tempo, e também por causa da pandemia, a CPLP teve de adiar, sem nova data, a reunião extraordinária do Conselho de Ministros de Negócios Estrangeiros, prevista para este mês, em Cabo Verde, cujo objectivo era fechar "o importante dossier da mobilidade", uma bandeira de Cabo Verde, país que neste momento tem a presidência rotativa da organização, adiantou Ribeiro Telles.

Esta era outra reunião essencial, para que, desta forma, a proposta para a livre circulação de pessoas no espaço da CPLP pudesse ser apresentada e votada pelos "Presidentes [dos estados-membros] no início de Setembro", em Angola, precisamente o país que na cimeira assumiria a presidência da organização, adiantou o diplomata.

Além destas, ainda estava prevista uma outra reunião, para finais de Abril, com os 19 países observadores associados da CPLP, para com estes discutir a proposta que visava torná-los parceiros da organização em projectos de cooperação futuros. Mais um dossier a ser levado à cimeira de chefes de Estado, em Luanda.

Mas também esta reunião teve de ser cancelada, explicou Ribeiro Telles.

A 28 de Janeiro a Lusa avançou com a informação de que a cimeira de chefes de Estado e de Governo dos Estados-membros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), a decorrer este ano em Luanda, estava marcada para Setembro.

Inicialmente prevista, como habitualmente, para Julho - mês em que a organização lusófona celebra o aniversário -, a cimeira de chefes de Estado e de Governo acabou por ser marcada para "2 e 3 de Setembro", de acordo com "uma proposta de Angola nesse sentido", disse na altura e embaixador Francisco Ribeiro Telles.

O diplomata lembrou na altura que já houve outras cimeiras de chefes de Estado e de Governo da CPLP que não aconteceram em Julho e sublinhou que eram "motivos de calendário e logísticos" que ditavam este adiamento, rejeitando qualquer razão política.

Os Estados-membros da organização são Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste.

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