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Economia

Standard Bank prevê contracção de 2,8 por cento na economia nacional

Com o actual cenário da pandemia de covid-19 que assola o país e o mundo, o Standard Bank prevê uma contracção do PIB de 2,8 por cento este ano e 0,8 por cento em 2021 na economia angolana.

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A previsão foi avançada pelo economista-chefe do banco em Angola e Moçambique, Fáusio Mussá, durante o primeiro brifieng económico via teleconferência, realizado pelo banco.

A iniciativa contou com um total de 270 participantes, entre reguladores e instituições públicas, como também representantes de sectores chave da economia de Angola, Moçambique e África do Sul.

Na ocasião, o economista também partilhou a sua opinião enquanto analista relativamente ao impacto da pandemia de covid-19 e o baixo preço do petróleo na economia angolana, assim como as perspectivas económicas para o ano de 2020 pós pandemia.

O responsável afirma, em comunicado remetido ao VerAngola, que os elevados níveis de pobreza e desemprego, o tamanho elevado do sector informal, os serviços de saúde pública inadequados e a capacidade limitada para efectuar testagem são os factores que tornam difícil a implementação de medidas de completo distanciamento social em África.

Em consequência destes factores, arrasta-se a degradação contínua da economia, sendo que a variação percentual do volume de comércio mundial bens e serviços apresenta este ano uma descida de mais de 10 por cento e a negociação do preço do petróleo abaixo dos 20 dólares por barril em Abril, reflectem uma contração da procura mundial.

Refere ainda que o covid-19 está a causar uma profunda recessão à escala mundial em 2020, mas com recuperação em 2021, e segundo que uma grande parte das economias do continente africano vão precisar de ajuda externa. O economista acrescenta que o perdão de uma parte da dívida externa está a ser considerado, mas aclara que sem uma reestruturação da dívida soberana com a China o ajustamento fiscal em Angola mantém-se doloroso.

Segundo o especialista, a economia deverá continuar em recessão, o que torna difícil a diversificação e prevê para este ano uma inflação média anual de 20,7 por cento e 22,3 por cento para o próximo ano.

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