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ONU reprograma 12,5 milhões para combate à pandemia no país

As Nações Unidas redireccionaram 12,5 milhões de dólares do orçamento previsto para Angola para apoiar a resposta nacional a prevenção e combate à covid-19, foi anunciado esta Terça-feira.

: Audiência entre o coordenador residente das Nações Unidas em Angola, Paolo Balladelli, e o Presidente, João Lourenço
Audiência entre o coordenador residente das Nações Unidas em Angola, Paolo Balladelli, e o Presidente, João Lourenço  

O coordenador residente das Nações Unidas em Angola, Paolo Balladelli, que falava no final de uma audiência com o Presidente, João Lourenço, em Luanda, disse que transmitiu ao chefe de Estado que as Nações Unidas reprogramaram parte dos recursos que estão no plano de cooperação com Angola, entre os quais mais 3,5 milhões de dólares aprovados para apoiar províncias do sul do país.

"Temos 12,5 milhões de dólares reprogramados para apoiar a resposta nacional contra a Covid-19 e também neste momento temos aprovado 3,5 milhões de dólares para o sul do país, para apoiar na segurança alimentar das populações", referiu.

Segundo Paolo Balladelli, são recursos que complementam os esforços do Estado e dos vários governadores das províncias interessadas, nomeadamente Cunene, Huíla, Namibe e Cuando Cubango.

"Vamos juntar esses recursos para, numa primeira fase, [ter uma] resposta eficaz para proteger a população", frisou.

O responsável da ONU disse que, na ocasião, agradeceu também ao Presidente e ao executivo angolanos a boa cooperação e colaboração existente, "que é fundamental para poder trazer todos os recursos, todos os parceiros e todo o financiamento que possa ser necessário nessa fase grave que se encontra o mundo, e não só Angola".

"Consideramos, com o Presidente da República, que o Estado de emergência foi uma medida bem pensada, bem implementada, fundamentalmente, porque o distanciamento físico entre as pessoas neste momento é a arma mais importante que temos nas nossas mãos para evitar o alastramento do vírus", realçou.

O coordenador em Angola de todas as organizações do sistema das Nações Unidas que lidam com actividades operacionais para o desenvolvimento lembrou que, "ao mesmo tempo, o afastamento social pode criar problemas de tipo social e económico", por isso deve vir acompanhado de "medidas sociais e económicas que permitam proteger a população".

"Por exemplo, as transferências monetárias no âmbito social, criando oportunidade de aceleração de produção", referiu, acrescentando que, neste momento, o Fundo das Nações Unidas para Alimentação (FAO) está a trabalhar em cadeias de valor com o Ministério da Economia e Planeamento de Angola, especialmente trigo, mandioca, milho, ovos, galinhas, para aumentar a produção nos próximos meses e assim assegurar a alimentação para a população.

"Sabemos que nestas crises - e falámos com o Presidente - o ponto fundamental é manter a segurança alimentar e o acesso à água", frisou.

Angola regista até à data 19 casos positivos da covid-19, dos quais dois resultaram em mortes e quatro pacientes já recuperaram.

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