De acordo com a Folha de Informação Rápida do Índice de Preços no Consumidor Nacional (IPCN), a variação nos últimos 12 meses – entre Abril de 2019 e Março deste ano - situa-se nos 19,03 por cento, o maior valor acumulado desde Setembro de 2018.
A classe "Alimentação e Bebidas não Alcoólicas" foi a que registou o maior aumento de preços, com 2,14 por cento, seguindo-se "Bens e Serviços Diversos", com um crescimento de 1,91 por cento, "Lazer, Recreação e Cultura", com 1,88 por cento e Bebidas Alcoólicas e Tabaco", com 1,74 por cento.
A classe "Alimentação e Bebidas não Alcoólicas" foi também, segundo o INE, "a que mais contribuiu para a taxa de inflação do mês, com 0,93 pontos percentuais".
De acordo com o INE, as províncias que registaram maior aumento foram as do Bengo (3,29 por cento), Huíla (2,68 por cento), Huambo (2,59 por cento) e Namibe (2,48 por cento).
Por outro lado, as províncias com menor variação foram Luanda (1,70 por cento), Cunene (1,71 por cento), Zaire (1,81 por cento) e Moxico (1,88 por cento).
No final de Março, a consultora FocusEconomics mudou a previsão de crescimento da economia angolana, antevendo uma recessão de 1,2 por cento este ano e alertando para "uma severa turbulência económica" nos próximos meses devido à pandemia de covid-19.
A consultora estima que a inflação no país deva alcançar os 20,2 por cento este ano.
O Orçamento Geral do Estado para 2020 foi elaborado com base no preço médio do barril de petróleo de 55 dólares, uma produção média diária de um 1.436.900 barris e uma taxa de inflação de 25 por cento.
A pandemia da covid-19 desequilibrou um mercado em que a oferta global já estava excedente e agora encontra-se em proporções raramente vistas, com restrições de viagens tomadas em todos os países para impedir a propagação do novo coronavírus.
O preço do barril de Brent fechou na Segunda-feira, no mercado de futuros de Londres, em alta de 1,2 por cento, para 31,86 dólares por barril.