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Governo negoceia com Deutsche Bank empréstimo de mil milhões de dólares

O Presidente afirmou esta Terça-feira que Angola está a negociar com o Deutsche Bank, da Alemanha, um empréstimo de mil milhões de dólares, para dinamizar projectos privados ligados ao sector produtivo.

Bloomberg: A road cleaning machine drives past the exterior of a Deutsche Bank AG bank branch in Berlin, Germany, on Wednesday, Sept. 28, 2016. Deutsche Bank AG rose in Frankfurt trading after the German lender agreed to sell its U.K. insurance business for 935 mill
A road cleaning machine drives past the exterior of a Deutsche Bank AG bank branch in Berlin, Germany, on Wednesday, Sept. 28, 2016. Deutsche Bank AG rose in Frankfurt trading after the German lender agreed to sell its U.K. insurance business for 935 mill   Bloomberg

O anúncio foi feito por João Lourenço na abertura da Conferência das Câmaras de Comércio e Indústria, que se realiza esta Terça-feira em Luanda.

Sem avançar as condições de pagamento, João Lourenço disse que será dada prioridade aos projectos privados nos ramos da indústria transformadora, agropecuária e pescas.

Segundo o Presidente, a linha de financiamento visa garantir que as empresas obtenham sucesso, bem como maior oferta de bens, serviços e emprego para a população, além de apoiar a classe empresarial, a banca comercial e os cidadãos.

"Apelamos ao maior rigor na utilização dos fundos. Cuidaremos que sejam aprovados mais projectos, bem estruturados e alinhados com o Plano de Desenvolvimento Nacional (2017-2022). Exigiremos toda a seriedade na análise das propostas e todo o cuidado no desembolso e na fiscalização na sua implementação", disse João Lourenço.

O chefe de Estado lembrou que o país está a fazer "um esforço grande" na construção e recuperação de infraestruturas, como estradas, aproveitamentos hidroeléctricos, pontes, portos, aeroportos, estabelecimentos de ensino e hospitalares, "quase sempre com recurso a linhas de crédito negociadas com países com quem Angola mantém salutares relações de amizade e de cooperação".

"Na generalidade, podemos considerar que o benefício é reciprocamente vantajoso, porquanto, do lado de Angola, ficamos com essas infraestruturas ao serviço da economia e dos cidadãos, contribuindo para o desenvolvimento económico e social do país. Por outro lado, aumenta a nossa dívida externa perante os credores, sendo prudente e aconselhável mantê-la em níveis sustentáveis", referiu.

João Lourenço realçou que a banca nacional, "por razões de diversa ordem, que importam ultrapassar o quanto antes, não tem estado à altura de satisfazer" as necessidades do sector empresarial privado na disponibilização dos créditos comerciais para a execução dos seus projectos.

O Presidente recordou que o país, face à conjuntura internacional, teve as suas condições financeiras deterioradas "de modo significativo" a partir de 2014.

Esse "facto gerou uma dificuldade de liquidação de operações em moeda estrangeira e dos compromissos decorrentes da execução do Orçamento Geral do Estado, o que fez aumentar as dívidas do Estado para com empresas nacionais e estrangeiras", lembrou.

Para fazer face à situação, o executivo está a implementar o processo de certificação e validação de dívidas, estando já os atrasados de empresas nacionais e estrangeiras a serem regularizados de forma gradual, enquanto outras negoceiam os moldes de pagamento da dívida, "com a perspectiva de que seja saldada tão cedo o quanto possível".

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