"Com várias pressões sobre as reservas externas a manterem-se este ano, esperamos que o crescimento do Produto Interno Bruto seja bastante mais lento que a previsão do Governo no Orçamento para este ano", escrevem os analistas no mais recente relatório sobre os mercados financeiros africanos.
O Fundo Monetário Internacional espera um crescimento de 2,2 por cento este ano, o que representa uma forte aceleração face aos 1 por cento de 2017, mas ainda assim abaixo das necessidades de Angola para implementar medidas de diversificação e desenvolvimento económico.
No documento, a que a Lusa teve acesso, os analistas dizem que "melhorar a gestão da dívida pública e da dívida avalizada pelo Estado, aligeirando as pressões sobre o serviço da dívida, juntamente com os esforços de consolidação orçamental" será um aspecto fundamental para melhorar a dinâmica económica do nosso país.
A emissão de dívida pública no valor de 2 mil milhões de dólares e a moratória de seis meses sobre o repatriamento de capitais "podem ajudar a trazer algumas reservas estrangeiras para o mercado", considera o Standard Bank.
As iniciativas do Presidente João Lourenço para melhorar o cumprimento das regras internacionais e de governação "têm o potencial para aligeirar as preocupações com a fuga de capitais e possivelmente permitir o regresso de fundos que podem ter sido tirados ilegalmente do país", concluem os analistas.