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Cimeira de Luanda aprova militares no Lesoto por mais seis meses

A missão de estabilização político-militar no Lesoto, com forças de países da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC), foi prolongada por mais seis meses, a partir de Maio.

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A decisão foi divulgada esta tarde, através do comunicado final da cimeira extraordinária de chefes de Estado e de Governo da "Dupla Troika" da SADC, realizada esta semana, em Luanda, para analisar a situação política no Lesoto, na República Democrática do Congo (RDCongo) e Madagáscar.

A missão em causa, designada SAPMIL, iniciou o mandato, de seis meses, a 2 de Dezembro, com 269 elementos, dos quais 207 militares e 24 polícias, de países da SADC, como África do Sul, Namíbia e Suazilândia. Deste total, 162 são militares angolanos, país que lidera o órgão de concertação política, defesa e segurança da SADC.

"A cimeira aprovou o alargamento do mandato da SAPMIL por um período adicional de seis meses, com efeitos a partir de Maio de 2018, até Novembro de 2018", lê-se no comunicado final.

O Lesoto tem uma longa história de instabilidade política, com golpes de Estado militares em 1986 e 1991 e tentativas de golpe, como em 2014.

A cimeira juntou em Luanda, além do chefe de Estado nacional, anfitrião do encontro, os Presidentes da República da África do Sul, Namíbia, Zâmbia e da RDCongo, o vice-Presidente da Tanzânia, o rei da Suazilândia e o primeiro-ministro do Lesoto.

O comunicado final da cimeira saúda a Comissão de Fiscalização no Lesoto, pela forma diligente como tem executado o seu mandato, tendo exortado o Governo do Lesoto a implementar, com urgência, as recomendações da Comissão de Fiscalização Alargada.

Os partidos políticos e partes interessantes foram igualmente exortados a conferir a seriedade necessária ao diálogo nacional e aos processos de reforma, para permitir encontrar soluções duradouras para os desafios políticos e no domínio da segurança do Lesoto.

O encontro aprovou ainda a nomeação de uma personalidade de renome com o objectivo de apoiar o presidente em exercício da SADC, e chefe de Estado da África do Sul, Cyril Ramaphosa, na sua função de facilitador da organização regional do Lesoto.

"Temos que referir que apreciamos positivamente os esforços que as forças vivas da nação vêm empreendendo para debelar a situação crítica que atravessaram e que vem perdendo acentuadamente a sua intensidade, em benefício da estabilização política completa do país", disse, na abertura da cimeira, o Presidente João Lourenço.

Em causa está a agitação político-militar na sequência da morte, a 5 de Setembro, do chefe de Estado-Maior do Exército, o general Khoantle Motsomotso, num tiroteio numa caserna com dois oficiais militares rivais, que também morreram. Várias personalidades foram assassinadas, incluindo um ex-chefe do exército em 2015.

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