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Defesa

Chefes de Estado decidem em Luanda prolongamento da missão militar no Lesoto

O ministro das Relações Exteriores de Angola disse que está "em cima da mesa", ao nível dos países da Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral (SADC), o prolongamento da missão militar de estabilização no Lesoto.

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O chefe da diplomacia, Manuel Augusto, falava aos jornalistas à margem do arranque da cimeira extraordinária da "Dupla Troika" da SADC, que decorre em Luanda até esta Terça-feira, para discutir soluções para as crises políticas e sociais na República Democrática do Congo (RDCongo) e Lesoto.

"A tendência é que seja estendido o prazo, mas com o compromisso das partes envolvidas no Lesoto de se engajarem realmente primeiro na aprovação e no cumprimento de um roteiro consensual e seguro que leva a soluções duradouras", disse o ministro.

Além de Angola, Namíbia, Zâmbia, África do Sul, Suazilândia e Tanzânia juntam os ministros dos Negócios Estrangeiros e das Relações Exteriores, em Luanda, para a reunião ministerial, antecedendo o encontro decisivo dos chefes de Estado e de Governo.

Em cima da mesa esta possibilidade de prolongar por mais seis a 12 meses a permanência desta força militar de estabilização, com mais de 1000 homens, desde Novembro no Lesoto. A decisão final será tomada pelos chefes de Estado e de Governo.

O Lesoto tem uma longa história de instabilidade política, com golpes de Estado militares em 1986 e 1991 e tentativas de golpe, como em 2014.

A diplomacia nacional refere que os chefes de Estado da Namíbia, África do Sul, Zâmbia, Suazilândia, RDCongo e Lesoto já confirmaram a presença em Luanda, os últimos dois na qualidade de convidados. A representação da Tanzânia, país que também integra o mecanismo da "Dupla Troika", ficará a cargo do ministro dos Negócios Estrangeiros.

No reino do Lesoto, militares de Angola, África do Sul, Namíbia e Suazilândia asseguram, em representação da SADC, uma missão de manutenção de paz.

Angola é actualmente presidente do órgão de concertação política, defesa e segurança da SADC e contribuiu com 160 militares para esta força, no terreno desde Novembro.

Em causa está a agitação político-militar na sequência da morte, a 5 de Setembro, do chefe de Estado-Maior do Exército, o general Khoantle Motsomotso, num tiroteio numa caserna com dois oficiais militares rivais, que também morreram. Várias personalidades foram assassinadas, incluindo um ex-chefe do exército em 2015.

A agitação político-social na RDCongo centra-se na permanência no poder, depois de terminado o mandato, do Presidente Joseph Kabila, e o cumprimento da promessa de realização de eleições em Dezembro próximo.

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