A situação foi confirmada em entrevista à agência Lusa pelo administrador distrital da Ingombota, Hélder Balsa, explicando que resultou da "Operação Morcego II", durante a qual os fiscais detectaram apenas 20 rulotes licenciadas para a actividade comercial.
"A operação está em curso, mas dos dados preliminares podemos avançar que identificamos no distrito cerca de 200 rulotes, das quais apenas 20 estão licenciadas. Um quadro que precisamos trabalhar para reverter a situação e melhorar a imagem da cidade", disse.
De acordo com o administrador daquela circunscrição da capital, o combate das transgressões administrativas lidera as acções do sector que dirige, sendo que, explicou, a fiscalização aposta no combate de oficinas a céu aberto, recauchutagens ilegais e ainda a venda ambulante.
"Temos ainda a ocupação de espaços da via pública ilegal, com restaurantes e lojas ainda a usarem passeios públicos como sua estrutura. Precisamos melhorar a nossa mobilidade, por ser esta área o coração da cidade de Luanda", sustentou.
Nesse sentido, o administrador acrescentou que têm sido desenvolvidos "vários programas e operações" nesta área do centro de Luanda, para já sobretudo com "acções pedagógicas".
"Nas fases subsequentes não descartamos alguma coercibilidade, em casos de irregularidades recorrentes, para então mantermos o controlo das situações ilegais", justificou ainda.
Com cerca de 380.000 habitantes, o distrito urbano da Ingombota compreende os bairros da Kinanga, Maculusso, Ingombota sede, Patrice Lumumba e Ilha do Cabo, sendo a saúde e a educação uma preocupação igualmente das autoridades locais.