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São Tomé cria rede de escolas na diáspora, uma delas em Angola

O governo vai abrir três escolas são-tomenses em Gabão, Guiné Equatorial e Angola, sendo que a de Libreville deverá funcionar no próximo ano lectivo, em Setembro, disse aos jornalistas o ministro da Educação, Cultura, Ciência e Comunicação.

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"Nós decidimos criar esta escola de direito são-tomense, iremos enviar professores, iremos formar professores que vivem na diáspora e, com o apoio da embaixada, vamos identificar um espaço", disse Olinto Daio.

"Consciente da meta do estado são-tomense de que cada criança deve ter acesso ao sistema de ensino, nós vimos que é preciso satisfazer essas necessidades dessas crianças são-tomenses", acrescentou Olinto Daio, sublinhando que a primeira escola no estrangeiro será em Libreville onde o país tem a terceira maior comunidade no exterior.

No Gabão existiu, entre 2001 e 2017, uma escola-piloto, com "patrocínio parcial" do estado são-tomense que, segundo o governante, "entrou em crise e muitos pais retiraram os seus filhos".

Olinto Daio regressou este fim de semana de uma missão a Libreville onde analisou, com a ministra gabonesa da educação, o quadro jurídico para o funcionamento dessa escola são-tomense que, de acordo com o governo vai abranger crianças do pré-escolar o ensino básico.

"Há muitas crianças são-tomenses que não frequentam a escola porque no sistema de ensino gabonês as propinas são pagas, muitos pais não têm capacidade financeira para garantir a propina ao longo do ano e, por conseguinte, muitas crianças são analfabetas", explicou.

O governo mostrou-se preocupado com a necessidade de estender a educação gratuita e de qualidade para a diáspora e promete que, a seguir a Libreville, os filhos dos são-tomenses em Angola e na Guiné Equatorial terão igualmente uma escola.

"Nós acreditamos que essa experiência vai ter sucesso, vamos replicá-la, criando escolas são-tomenses também em Angola e na Guiné Equatorial", explicou o ministro da educação, cultura, ciência e comunicação.

As estatísticas do governo indicam que em Libreville pelo menos 200 crianças que necessitam de estudar e muitas delas estão fora do sistema educativo.

"Há a possibilidade de recuperá-las, tivemos encontros com os pais e encarregados de educação, com diversas associações de são-tomenses e, conjuntamente com a embaixada, vamos fazer uma campanha para que essas crianças passem a frequentar a escola", prometeu Olinto Daio.

Segundo o ministro, os meses de Abril e Maio vão servir para preparar toda a logística, incluindo a legislação e convenção com o Ministério da educação do Gabão para que em Setembro as aulas da escola são-tomense em Libreville entre em pleno funcionamento.

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